(foto: Loch Ness, Scotland, 2009)
Os netos foram para o Acre. Eu fiquei, e pior, ganhei prisão domiciliar, para cuidar da antiga carcereira de outros tempos. Volta, tudo volta, o eterno retôrno, seria esta a concepção de Nietzsche?
Eu pensava sèriamente que não teria que enfrentar esta passagem. Afinal, já fiz tanto por ela e pelos irmãos mais novos, tanto quanto pude, resisti ou fui capaz. Mais um pouco, até. Ao ponto de, atingida definitivamente, não conseguir superar as sequelas. Mas pensava ou desejava, talvez, estar fora disso. O carma, já assumira levar para uma próxima vida, tanto não tenho mais coragem de conviver, menos ainda de tentar resolver. Menos? Impossível, mesmo, estava num ponto bom para a vida futura, as emoções estavam mornas e nem tenho como acreditar que esta é uma excelente oportunidade que a Vida me dá para resolver, pois no ponto da estrada em que estou, só vislumbro um retrocesso, uma marcha-a-ré, uma derrapagem para tras. Não vejo possibilidades de suportar com dignidade, para mim e para ela. Prisioneira da torre, virei personagem de estórias de bruxas e fadas (onde encontro destas?)
Nem posso ir até algum jardim; de onde veio, as referências são de que põe a si e aos outros em risco. E eu fico mortalmente ferida quando presa a raízes ou quaisquer amarras.
4 comentários:
"Sonata de Outono"?
Lindo este outro blog.
Meu amigo, eu ja estava com muita saudade!
A sua compreensão é necessária, embora sua gentileza seja desmedida e nem tão merecida...
Desculpas deste seu se-considerado amigo, que às vezes se ausenta de qualquer lugar, real ou virtual, que não seja o olho do próprio umbigo-furacão.
Não sei se compreendo, não sei se entendo, não sei se posso. Sou limitado. Mas quero abraçar e, como disse alhures, se possível, fazer sorrir, disso acho que sou capaz, ainda que com meras palavras. Espero que possa sentir-se, assim, ganhadora de um abraço amigo (talvez o único tipo de compreensão de que realmente precisamos, um tipo ao mesmo tempo tão aquém e tão além de conceitos e idéias exprimíveis em palavras...)
oimpressionista,
como preciso de um abraço e de um sorriso, embora agora esteja tão ferida (em minha alma), que até isso e talvez principalmente isso me faça chorar.
Mas agradecida, mesmo.
Quanto ao "Sonata de Outono", ainda não assisti, ponho na lista, depois comento.
E, UM ABRAÇO E UM SORRISO
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