sábado, 18 de dezembro de 2010

Das horas sem luz


Pelo rastro cinza em negro asfalto
dezoito quase dezenove das horas
do horário planetário
seguem rastejando dois olhos de luz
dois pontos faróis e logo mais dois
olhares do animal
animado desalmado
que arrasta pelos caminhos seus possuidores
possuidos pela necessidade premente
 criada pela mente
enquanto cirros acumulam cinzentos reflexos
como cumulus refletindo cinzas
e ninguem vê ou sabe nada.

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quinta-feira, 2 de dezembro de 2010

"CORUJICE"

Estas duas belezas nasceram aqui em Cabufa, numa pilha de folhas secas sobre areia, com restos organicos da casa. Compostagem? Nem tanto...surgiram e foram surgindo folhas enormes, ramas expandindo-se sobre a areia, as flores já embelezavam suficientemente o local e quando vejo, uma abóbora!  Dias depois, outra. Acompanhei seus rápidos crescimentos e amadurecimento. Na colheita, pesava uma 6,295 Kg e a outra 4,980kg. Colheita de novembro de 2010.

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

ANDARILHOS SÃO SEMPRE CINZENTOS...

Diacronicamente? Ou seria anacrônico?

Enquanto estou na estrada e sempre que possível anoto pequenos pensamentos para desenvolver depois, ou até nos pare-siga das obras das rodovias textos completos sem revisão. E como nos lugares onde durmo ou fico, a maioria não tem internet, ao chegar finalmente onde poderia ser divido ou compartilhado já está fora do novo momento, ou porque o problema resolveu-se ou porque não terá mesmo possibilidade de solução. Ultrapassado. Como se diz de um tema morto ou aborto?
Então tantos vou guardando, em caixas, cadernos, grampos e clips. Tantos vou perdendo em ultrapassagens, buzinas, sinaleiros.
Então enquanto ia escrevendo, vi aqui, no lado de cá da mata, o espaço apropriado para tudo isso.


EM  ALGUM  DIA  DE  OUTUBRO
 Anotei em folhas. Os parágrafos parecem ser sequenciais, mas noto, ao reler, uma descontinuidade, apesar da similaridade do tema. Talvez ida e volta, talvez em idas sequenciais, com paradas/dias de intervalo.

Tenho me sentido culpada por estar lendo pouco. Livros. Mas na verdade tenho lido muitos autores.Gente. Muitas opiniões. Com uma particularidade: escolho entre uma amostra livre da censura disfarçada mantida pelos corpos editoriais, pelo status ou cultura que quer se manter dominante. Os "clássicos" que li na vida são a amostra da escolha determinada pelos grandes saques e invasões da historia do que deveria ficar fora das fogueiras, do que seguiria para a posteridade.Queimados tudo o mais. Sequer saberíamos imaginar o que diziam, o que ensinavam. Como seriam como clássicos.
Até o "mais impresso" livro sagrado foi construido neste processo de escolha/exclusão dos saberes. A doutrina foi escolhida por alguem para algum fim.
Qualquer opinião, tese, delírio que contrarie evidentemente aos interesses do sistema, está fora. Estava. Porque agora, nesta "mudernidade" daqui, com tanta gente escrevendo, poetando, pintando e mostrando, as perspectivas se abriram.


Outro dia:
Por estar fora da rede, não sei bem o que está acontecendo, mas no sistema de informações em cápsulas reduzidas, o FB, andei "acompanhando"  em amigos de amigos, discussões sobre uma censura ou veto aos livrvos de Monteiro Lobato, porque Pedrinho emite opiniões ou puras expressões que hoje são polìticamente incorretas, representativas do racismo, hoje condenado. Se condenadas estão suas obras, hoje, qual deveria ser então sua pena? Fogueira? Ostracismo? Estaria certamente em excelentes companhias.
Mas nós, aqui, após proibirmos o racismo de Lobato, deveríamos tambem proibir Platão, todos os clássicos que defendem a escravidão e a desigualdade entre os humanos, a Bíblia, e ainda os medievos que afirmaram a duvida na humanidade das outras raças. Pouco restaria para representar nossa ideologia. Aliás, temos uma? O proprio iluminismo pode ser avaliado como indutor ao racismo, uma vez que o bem, a luz, é o oposto da escuridão, mal, trevas. Não ler nada, então, pois tôda e qualquer literatura representa valores morais de sua época, mesmo quando projetados no tempo em determinadas ficções. E estes valores, séculos ou revoluções depois, lògicamente mudam. Como variam tambem suas interpretações ou compreensão.

Mas ao final fiquei sabendo, Pedrinho está em condicional. Livre, sob vigilância.


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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Segunda feira

Chove! UFA! Não sou obrigada a ir a praia, ou me sentir culpada de não "curtir a praia" com as filhas que estão aqui; nada contra, pelo contrário! É que... feriadão...minha cidade e praias estão invadidas por "eles" seres que gritam, cospem no chão, não olham em volta e... estão espalhados ocupando intensiva e extensivamente todos os lugares. São diferentes dos da mesma espécie que invadiam a cidade de onde vim, lá são mais discretos, diria, educados mesmo. Só que os invasores daqui vem frequentemente, de lá, das montanhas. O medo - angústia- e a tristeza que senti ontem ao voltar para casa após me despedir dos meninos, depois de 12 dias maravilhosos de explorações, passeios, descobertas, experiências, investigações, inclusive nos programas e desenhos de TV e de uma enorme catapora ("-capola, Vovó!) do caçula, acaba sendo suavizada aqui, ao encontrar com os amigos daqui e a sra Urtigão, daqui e dali. Sobra ainda um pouco da tristeza que senti ao me ver excluida de algo do qual queria participar e me sentia coadjuvante, ou mesmo atriz principal. E, surpresa, me vi excluida para inclusão de novos participantes no jogo/peça/vida. Porque meu jeito de ser e as caudas que arrasto talvez não sejam elegantes o bastante. mas isso tambem passa e fica aquela deliciosa sensação de dever cumprido, consciência tranquila e acumulando forças para as novas tarefas.

domingo, 17 de outubro de 2010

Tempo

Falar do tempo ou da falta de tempo pode parecer falta de ter o que fazer, sobra de tempo, mas não tem sido esse o caso. A correria foi maior, a avalanche de probleminhas domésticos que ocorrem juntos ( lei de quem ?) o aventurar-me em novas e inusitadas situações, transpor o fluxo dos movimentos para uma nova ordem. Para isso, o tempo e o tempo são fatores deveras relevantes.
 Foto no município de Duque de Caxias, RJ, enquanto estava num imenso congestionamento, que me fez percorrer em 2,20 hs o trecho que habitualmente faço em 10 a 15 minutos. Desfrutei de um magnífico pôr-do-sol, cheguei duas horas atrasada a uma reunião que não houve, pois quem iria apresentar o tema para aprovação esteve preso no mesmo engarrafamento. Problemas? Apenas um: para chegar ao local das reuniões, viajo pouco mais de 180km. e isto custa. Dinheiro, danos ambientais - gasto de combustível para o carro e o lixo que produzo ao alimentar-me do que compro pelo caminho, garrafas pets, embalagens tetrapack, plásticos. Sim, sou culpada, porque sei do malefício e não promovo mudanças. Frutas, pór exemplo. Mas terei outra reunião na próxima semana e provàvelmente farei tudo igual...

segunda-feira, 27 de setembro de 2010

viajando

Aqui em Cabo Frio começou a chover hoje. No sábado chovia pouco entre Ubá e Juiz de Fora. Deve ter chovido tambem algum outro dia, nesta viagem já se via um pouco do capim verde surgindo no negrume de fuligem que cobre a terra. Por isso se queima, não dá para ver o verde surgindo nos pastos ressequidos e esturricados pelo sol e seca, onde o gado emagrecido continua a pastar. A esperança é de que o capim cresça rápido com as primeiras chuvas para alimentar os animais aí chamados de lucro. Nos pastos queimados surge logo o capim, tambem conhecido por lucro. Sábado eu vim. Cheguei em casa à tarde e volto a referir meu imenso gostar dessa casa. Sábado então já foi um dia em que fiquei aqui. E dessa vez só sigo na quarta, não duas mas quatro noites em casa. De bom tamanho. Gosto de viagens rápidas, desse ir e vir alternado com alguns lugares ainda novos no caminho, pequenos desvios ou, por onde não passo há um certo tempo. Rever é ver de novo, conhecer outra vez. E mergulhar nas memórias, autênticas ou fantasiadas. Mas gosto tambem de dirigir-me até onde não conheço, confrontar minha imaginação com o que posso ver como realidade. Esse produto mental, a síntese desses dois aspectos, o antecipativo, eu diria assim, e o conhecível é que produz esse movimento pessoal no sentido de conhecer o desconhecimento, um reduzir-se a verdadeira perspesctiva das coisas, um passo a mais no sentido do autoconhecimento.
(foto: Palmital,24/09/10)

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terça-feira, 31 de agosto de 2010

30 de agosto de 2010

Não dá para parar, porque as circunstâncias não permitem, então lá vou de novo; Menos de 48hs em casa(?), após 5 dias em Petrópolis, e agora vou para o Rio. Sempre por obrigação. Por devoção. E que é ao final um enorme prazer, ir e vir, ver, ouvir, encontrar e até passar rápido fingindo não ver..."Depressa, depressa..." O que lamento são aqueles quase encontros que não se deram e pior, aqueles pelos quais ansiamos antecipadamente, planejamos e...frustramo-nos! Mas aí sempre entra o amanhã. Sempre há espaço e tempo para a esperança. E sonhos... .

quinta-feira, 19 de agosto de 2010

Andanças, ou , O Prazer do Trabalho


Estar aposentada me trás alguma culpa. Ah! Sempre ela ao meu lado. Herança cristã, de um colégio católico onde iniciei minha formação, ou quem sabe de pessoas que pretendendo "educar" os filhos, moldá-los, ao invés de formá-los, os deformam. Mas penso que não trabalhar possa ser um mal. Esqueço-me do quanto trabalho, atendendo às necessidades da minha casa e da minha família. Ajo como os preconceituosos que pensam que o trabalho dito "do lar" trabalho não fôsse. Porque não produz dinheiro? Produz outro tipo de frutos! Difícil está harmonizar em mim esta situação. Porque, talvez, este trabalho, para a família, me dá enorme prazer. Como se o outro, que exerci por bem mais de trinta anos, também, na maior parte do tempo, não fosse realizado com enorme prazer. Eu gostava muito do que fazia. Até que deixei de gostar. Ponto. Pronto.
Poderia discorrer exaustivamente sobre todos os motivos que conheço que me fizeram desgostar de uma profissão que amava tanto. Mas prefiro abordar as causas do prazer que me dá esta função que sem ser nova, pois que sempre foi concomitante à outra, agora posso (posso?) realizar em tempo integral.
A maior delas é expandir o tempo que tenho para conviver com os filhos. Quase um tanto quanto tarde, porque agora eles não vivem mais em minha casa. Pior, nem vivem na mesma cidade. Ou Estado. E para que eu possa estar com eles, como nunca pude estar antes, sou obrigada ( obrigada?) a estes deslocamentos. O que nem gosto né? (ironia, tá?) E por que viajar entre duas cidades para poder acompanhar uma das minhas "bebês" ao início do seu pré natal, associada a mais atendimentos às necessidades da casa, como problemas administrativos entre governo e lares, possa ser desconsiderado como trabalho, só porque gosto? Porque retornar de uma cidade à outra, onde tenho que cuidar de minha mãe(?) ao invés de ficar onde desejaria, em meu jardim, próxima a muitos amigos, não é considerado trabalho? E esta outra função, nem é prazeirosa. Apenas o lugar que escolhi para realizar esta função o é.
Chego de uma, mal desfaço as malas, ou melhor, não desfaço, apenas retiro a roupa suja, substituindo-a pelo equivalente limpo, pois sei que nova partida me aguarda. E sei que a cada vez que assisto um(uns), "desassisto" aos outros. E vou levando, tentando criar coragem, com a desculpa da "falta de tempo" para retomar as atividades ditas laborais que me permitiriam equilibrar o orçamento, pois os vencimentos de uma aposentada de nível superior, na minha área, são insuficientes, e quem equilibra meu orçamento são os filhos e suas contribuições. (Tipo mesada, ou bem mais que isso). Aí volta a culpa, porque mesmo tendo trabalhado toda a vida em torno de 100 horas semanais, incluindo plantões noturnos, o que recebia nunca foi suficiente para que eles tivessem mesada, ou um pouco de folga nas suas despesas, no atendimento de seus desejos, apenas o mínimo indispensável, e precisaram trabalhar cedo, pelo menos os mais velhos, ainda durante seus cursos universitários. Pois são melhores do que mereço.
Mas acabei não falando dos prazeres. Ou falei. São os filhos, suas conquistas, seu bom caráter. São as viagens entre suas casas. São meu direito de ir e vir, mesmo que compromissado. E desse direito, não quero, não queria ter que abrir mão. Afinal, estou aposentada. Por mais tempo de trabalho que exige a legislação. E pela idade mínima, da mesma legislação.

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Dezenove de Agosto



Como posso dizer que volto para casa,
se meu coração mora em muitos lugares?




Minha casa é Gaia
Sou da Terra.
Sou da Mata, da Montanha,
do Mar, do Rio.
Da Rua
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Moro na chuva e no vento,
no frio e no calor.
Vivo na luz do Sol
Vivo no mundo da Lua




Moro nos rios e nas estradas.
Moro na natureza
mas tambem nas obras dos Homens.
(Desses filhos da natureza que sequer sabem disso)
E na luz das estrelas
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Vivo no coração dos que me amam,
moro no meu coração porque eu amo
e ainda em corações que sequer conheço,
(que irei (ou não) conhecer).
Humana




Vivo em sorrisos e em lágrimas.
Sou dos dias e das noites.
Vivo em sentimentos.
Contraditórios.
(Como toda gente).




Sou árvore e semente,
sou flor e fruto,
morte e nascente
Renascimento
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Gosto de fora, gosto de dentro.
Sou rio, mas tambem sou ponte.
Sou movimento.
Estou no que faço e no que sentem,
sou escolhas.
Pensamento
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Estou ... Vivente.




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sábado, 14 de agosto de 2010

ANDANÇAS


Sempre correndo, sempre seguindo o caminho mais direto possível, dessa vez me surpreendi. Decidi voltar para casa por outro caminho, que eu ainda não conhecia. Deixei a potencial solução de problemas onde deveria ir, para outro dia, quem sabe, na segunda, quando por lá terei que voltar, por outros motivos, de qualquer jeito. E escolho este novo trajeto, com a desculpa de que certamente seria um pouco mais curto e quem sabe bem mais rápido. As paisagens não são tão diferentes da outra, óbvio, a região é a mesma, as estradas que escolhi, ora correm em um sentido paralelo a outra, que descobri recentemente, desde que mudei-me para cá, ora mudam de inclinação, retomando depois, sempre, o rumo para sudeste. Mas pontualmente, a paisagem é bastante diferente. Quadro a quadro. Não são as mesmas casas ou sítios que vejo nas curvas que não são também as mesmas, nem as porteiras que abrem em alamedas, embora bastante semelhantes.
Parti cedo, hoje, do mesmo pouso em Minas, seguindo depois para o noroeste do Estado do Rio e finalmente chegando à Região dos lagos. O percurso total foi em quilômetros exatamente o mesmo do mais antigo ( quero dizer, quase, foram tres Km a menos), o mais longo agora, que passa por Petrópolis, porem realizado em duas horas a MAIS. Justifico: além das paisagens referidas, os Ipês amarelos em Minas e depois uma profusão de uma "vermelhina" no Est. do Rio, não me permitiam correr muito, mas o principal foi a constatação de que toda a rodovia ficará ótima em três ou quatro meses, me parece, tal a quantidade de obras de recuperação, com os incontáveis ( mesmo) PARE -SIGA que encontrei, e que retardaram meu caminho. Bem, tenho que confessar que por se tratar de um percurso que atravessava inúmeras cidades, algumas delas dentro mesmo da parte urbana, do centro da cidade, foi inevitável uma série de paradas para certificar-me da direção a ser tomada, o que de qualquer modo falhou um tanto, já que errei três vezes, optando pelo caminho mais longo entre duas cidades,( mesmo com orientação da guarda rodoviária). Mas erro meu, ao não ver as bifurcações. Ou será que não eram mesmo sinalizadas e as placas só estavam nas de maior percurso?
Apesar de sexta treze de agosto, do cansaço por passar nove horas rodando , guiando meu amigo carmário, forte e resistente, o consumo de combustível foi bem reduzido, a viagem transcorreu sem nenhum incidente, foi um dia inteiro bastante bom. Ficou a vontade de ter mais tempo - e terei - para explorar um pouco mais as cidades/zinhas dos caminhos que estou escolhendo.
E ainda trouxe para casa diversas mudas de plantas para meus jardins daqui e de "lá", trouxe lembranças refrescadas dos jardins e pessoas que encontrei, saudades com projetos de reencontro breve e uma imensa alegria pelos dias na estrada.

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segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Que culpa é essa que me pesa aos ombros, que me faz aceitar ser punida sem nem saber o porque...
Que medo é este que me arrasa, arrasta, dilacera, consome a alma e nem sei do que...
Que estranho sentimento faz com que eu vá aos poucos perdendo a razão sem tentar a redenção, a remissão ou o perdão...
Que espécie de ma fé, kafkaniana faz com que eu me permita ser enclausurada, torturada sem me rebelar materialmente...
Que perdão eu procuro e de quem, se nem sei o que fiz ou a quem...
Sei apenas o que já sofri encarcerada, humilhada, maltratada, espancada e mesmo assim não foi o bastante...
Que treinamento foi este que me impuseram, que odeio, e do qual não consigo escapar...
A mesma algoz de tantas fases da vida e no entanto dela sinto ainda uma maldita compaixão que não me liberta...
Será meu destino a loucura, a fuga do medo da culpa, o perdão que não me concedo, pela raiva que incorporo ao sentir seu olhar ou ouvir a voz...
Porque não encontro no meu passado com ela ao menos uma boa lembrança que torne suave o jugo...
Serão virtudes o que busco enquanto me perco em descaminhos de lágrimas e dor?

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domingo, 8 de agosto de 2010


Ém Lumiar, 7/8/10

Sou fã ( mesmo antes de estar na moda )

"Nasceste no lar que precisavas. Vestistes o corpo físico que merecias. Moras onde melhor Deus te proporcionou, de acordo com o teu adiantamento. Possui os recursos financeiros coerentes com as tuas necessidades, nem mais - nem menos - , mas o justo para as tuas lutas terrenas. Teu ambiente de trabalho é o que elegestes, espontaneamente para a tua realização. Teus parentes, amigos são almas que atraístes, com tua própria afinidade. Portanto, teu destino está constantemente sob teu controle, tu escolhes, recolhes, eleges, atrai, buscas, expulsas, modificas tudo aquilo que te rodeia a existência. Teus pensamentos e vontades são a chave de teus atos e atitudes, fontes de atração e repulsão na tua jornada vivência. Portanto, não reclames nem te faças de vítima. Antes de tudo, analisa e observa. A mudança está em tuas mãos, reprograma a tua meta, busca o bem e viverás melhor. Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo Fim". (Chico Xavier)

sexta-feira, 30 de julho de 2010


ontem foi um dia estranho, cheio de coincidencias estranhas
porem nada causava estranheza
tudo, tudo acabava por ser estranhamente familiar
Mesmo a dor, as dores, sempre presentes
as da alma, as do corpo,
presentes, mesmo assim não doiam
Só estavam, permaneciam
Uma quietude, aceitação
como se eu observasse de fora de mim
Como se sempre fôra assim
de verdade

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sábado, 24 de julho de 2010

perdida


As poucas certezas que tinha
tão poucas
eram voláteis se desfizeram
os muitos sonhos
que comigo estiveram
eram desnecessarios
se foram
ou transformaram
o que eu pensava
como realidade
como imaginação
nem foi vivida
apenas sonhada
com os pés no chão
as vezes cansada
tal nau desgovernada
seguindo os caprichos
das ondas dos ventos
da vida
sem rumo ou direção
procuro onde aportar
ou não


(em 24/07/2010)
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segunda-feira, 19 de julho de 2010

Caindo na Real

Bem, ainda tenho crônicas a postar lá, mas quero desabafar e se ficar deixando para depois, estará cada vez mais diacrônico.
Cheguei de viagem no sábado, dia 10, e em casa, à noite. Descansei domingo, quer dizer, nem tanto pois assumi a função de cuidar de minha mãe, as meninas haviam saido cedo, no sábado mesmo, para merecidas férias. Assumi, com a ajuda de uma pessoa que elas contrataram, pois sabem bem das minhas dificuldades com ela. Mesmo assim, a ajuda é por poucas horas do dia, para banho, coisas assim. Para o mais, os quero-quero, sou eu mesma. Na segunda cedo, resolvo aproveitar enquanto a "cuidadora" estava em casa para ir ao dentista, resolver um pequeno probleminha, para que não se tornasse um grande problema. Resultado da minha prevenção, um imenso edema na face no dia seguinte. Ou melhor, a formação de um abcesso. Tá bom, eu sempre soube que a cada vez que passo algo bom, vem a "compensação". Os amigos de mais tempo lembram, né, quando voltei da Escócia.
Remédios para o abcesso, e para o estômago. Sou estressada e com alguns defeitos de fabricação; já tive úlceras de duodeno repetidas vezes, antibióticos e antiinflamatório, são uma combinação explosiva para mim. Mas indispensáveis agora. E repouso, conforme prescrito. Piada, né?
Quarta feira, mal abro o olho esquerdo, a infiltração atinge até o interior da narina e próximo à orelha. PQP! Vou abrir o portão para a cuidadora, um cachorro, ou cadela, minha defensora, que prendi na corrente para a senhora entrar, movida sei lá por quais sentimentos, rompe a coleira, ataca a mulher, morde, rasga as calças da tal senhora, que foge e furiosa, com razão, diz que não volta nunca mais. Vai mandar a conta dos prejuizos. Não posso chorar, vai inchar mais ainda! Quem vai trocar as fraldas da velha? Telefono, peço socorro à esposa do rapaz que limpa meu quintal, ela vem assim que pode, tem filho pequeno, bem, salva mais uma vez por essa família. Quarta, quinta, sexta, dentro de uma quase normalidade, não fôsse pelo rosto que não desincha, a dor, e ainda ter que cozinhar e demais cuidados. Só estou livre de ter que dar banho e da fralda principal, a mais nojenta.
Tempestade em Cabo Frio. Enchentes. No sábado a moça não vem, o bairro dela foi muito afetado, a família tambem precisa dela, eu presumo. Sua casa está em obras. De repente, começa a aparecer água dentro da minha casa. A princípio, entrando pelo ralo do lavabo. Vou tirando com baldes. Dos grandes. Um, dois, vinte, parei de contar, rápido, rápido. A água começa a subir muito depressa, a espalhar-se por toda a casa, não sei se boto as coisas "no alto", sofás, eletrodomésticos, são pesados, estou sòzinha com a "mãe" deitada na cama e dando palpite errado e irritantes, o que fazer, se continuo a tirar a água, se fujo e abandono tudo. A rua não está alagada. A água surge do chão, dos batentes das portas, de todo lado. Telefono para o salvador, o jardineiro do vizinho, que é quem cuida tambem daqui, mas mora em outro bairro, graças, ele chega em menos de 10 minutos, traz um sobrinho para ajudar. Depressa, depressa, a água entra mais rápido do que nós tres conseguimos tirar, mas a rua continua sem estar alagada. Ele explica ( sou nova nesta cidade) o solo arenoso encharcado não drena e com a maré alta o esgoto reflui. Onde moro é pràticamente uma ilha, um antigo mangue, drenado por canais em toda a volta.O solo é só areia. Eu e minhas escolhas. Devia morar em palafita... Até que surge a ideia: eu digo e se conectarmos uma mangueira no ralo e jogar a água para fora? (Não sei como viabilizar isto) e ele acrescenta: e se botar a bomba dágua acoplada à mangueira? O que ele ràpidamente executa e as águas começam a abaixar. Gente, eu passei sêca na Amazonia! Eu morava na terra das enchentes, Petrópolis. Vim alagar aqui! São seis horas de sufoco, a maré já deve estar abaixando! Mas a bomba continua drenando água. São 18:00hs, ele precisa ir para seu emprego de " carteira assinada" é vigia noturno em uma firma. Não pára de chover, menos, mas não pára. Deixa o sistema de drenagem funcionando e vai. Alerta-me para a importancia da vigilância: se a bomba puxar em sêco, vai queimar, mas... se desligar a água pode voltar a subir. O meu filho que mora perto está embarcado, trabalha em plataforma, o outro mora no Rio, as estradas estão perigosas, nem sonho em chamar, uruca basta isso, não quero coisas piores. Passo a noite puxando a água que brota do chão nos quartos e sala, para o lavabo, onde está a drenagem que joga a água na rua. Parece que a água que vai para a rua, volta pelo solo. O rosto ? Ainda bastante edemaciado e ainda dói. Puxa! Os livros dizem que após 48:00hs de antibiótico era para mehorar, foi assim que aprendi, já passam de 96! A bomba fica ligada até as 8:00 da manhã do domingo. E eu ligada pela adrenalina, pelo mêdo, e pela cafeína que tomei para não apagar, não dormir, pelo cansaço. Beleza, antibióticos, antiinflamatórios, cafeína, stress, e ...omeprazol ( Não é marketing, não, é o que fiz para sobreviver).
Começo o domingo com uma mega-faxina: tapetes, algumas almofadas que nem vi que estavam sendo molhadas, o chão imundo e fedorento. E o rosto ainda inchado, um pouco menos e ainda doendo, felizmente bem menos. Começam a doer tambem as costas os braços, as pernas. Um cansaço infinito, mas não dá para parar agora, é necessário" salvar" o que puder, higienizar tudo e sem parar de olhar para o céu. As previsões da meteorologia apontam chuvas para este dia tambem. E ainda dar banho, etc, fazer almoço para aquela que nem assim pára de querer coisas para seu bem estar. Aquela, que nunca cuidou dos filhos, que nem almoço fazia. Tá bom, quero me livrar deste carma para a proxima vida. Castigos tenho de sobra. Acredito que só se tem o que se merece. Tudo bem que tambem tenho bastante benefícios para equilibrar, mas numa hora destas, que revolta!
Por volta do meio dia chega do Rio um filho, com a irmã e o marido. Ela que em fevereiro gritou que se tivesse poder de escolher não seria minha filha (porque na faxina da casa para mudança, fui comprar água com a caçula e esqueci de chamá-la) e depois disso nunca mais falou comigo. Tá, eu dei uma resposta à altura e bem alto, aos gritos. Mas veio comunicar-me que está grávida e feliz. O que mais uma mãe deseja, do que um(a) filho(a) feliz?. Assim. Vou ser mais Vovó. Mas ficou em mim uma sensação desconfortável, eu esperava e ainda espero um pedido de desculpas.
É demais?

quinta-feira, 17 de junho de 2010

O PONTO DE FUGA

Ainda existem palavras que engoli
que precisam ser gritadas
Sair de dentro do peito, do estômago,
dos poros e dos ouvidos !
Na (des)razão fermentadas
existem palavras para sair.
Para que se saiba.
Finalmente



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quarta-feira, 16 de junho de 2010

A FUGA


Andarilhos são sempre cinzentos.
A sua frente e por onde passaram
ficou a trilha cinzenta, rodovia
como o rastro de uma lesma.
Grudaram na trilha, o infinito
na esperança de um fim.






Velhas chaminés,
antigas imagens
nestas paisagens,
falsos falos falidos
de um capitalismo
cinzento opulento
perpetuado perpetrado
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Colorem-se as pessoas,
colore-se a roupa,
deseja-se apagar com isso a miséria em que a terra se tornou.


(na estrada, em 31/05/2010)

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O PONTO


Por todos os lugares vi o verde se convertendo em roseos para tocar o céu, enquanto levantei a poeira das estradas, nestes dias recentes, deste clima especial.

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sexta-feira, 11 de junho de 2010

PAULICÉIA


Na Tietê, São Paulo marginal,
morta
As majestosas negras aves
não estão aí, não existem,
não há o que livrar da decomposição
corpos cadáveres apodrecendo
dos cães mortos nas sarjetas,
em fila

Correm e ou arrastam-se
os morto-vivos humanos
presos em seus reluzentes sarcófagos
de lata.
Vivendo em metal
correndo em vão.
Pensam que sabem para onde.
Pensam que sabem por que.

Correm pelo cinza-sangue da Terra
sangue endurecido
para servir aos que não vivem.
Sem brilho
enganam-se pensando que
certamente lhes brilhará a vida,
o destino, a felicidade.
Esta tambem ja nasce morta.

No cinza-chumbo do céu azul
que encobre uma cinzenta cidade
colorindo-se os corpos,
vestimentas,
os sarcófagos e as paredes,
como se assim fizessem desaparecer
a tristeza da existência inútil.
Que pensa que viveu.


31/05/2010.
Nas estradas

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quinta-feira, 27 de maio de 2010

Linha de fuga


Sempre que estou perto, estou longe.
Por viver dividida, vivo também multiplicando-me.
Os caminhos que me levam, afastam-me.
A ponte é ao mesmo tempo rio.
Os lugares onde durmo são os mesmos que me tiram o sono.
Por isso minha alma e meu corpo não encontram paz.
Porque a paz de cá é a carência de lá. Angústia.
E lá é ao mesmo tempo cá, e lá, e cá, moto perpétuo.
Infinito. Ponto de vista. Depende de onde avisto.
Eterno e contínuo, continuo a busca.
E lá ou cá, não estou em nenhum lugar, porque estou em todos.
Lao Tse tinha razão ao afirmar para que não nos afastemos de onde nascemos.
Mas agora, que outros nasceram em outros lugares, como fazer?
Como viver, se a saudade é um pouco o morrer.
Como estar, se já quero ir, se ao chegar já é preciso partir.


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segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Papa em Portugal



ou, reflexões enquanto me transporto em alta velocidade por rodovias fluminenses.

Saí de casa ainda sob influência de uma série de questionamentos que li em blogs de colegas de lá de Portugal ou no facebook, sobre as providências tomadas quanto da visita do papa Católico e o que isso representou em termos de gastos públicos, alterações da ordem social, desconfortos, transtornos pessoais, etc, e como legítima representante do grupo que considera a instituição que se diz Igreja Católica um dano a humanidade, fundamentada no que nos conta a história, minha primeira vontade era comentar algo como " porque os católicos e o próprio Vaticano não arcam com estes custos", "porque fazer com que um estado combalido em suas finanças custeie, com recursos que poderiam, de alguma forma promover o bem estar social", e coisas do estilo. Adorei a expressão " Papaeuros". Mas abstive-me de comentar, afinal, nem sequer conheço Portugal e as poucas pessoas de lá com quem troco ideias acabam sendo selecionadas por alguma afinidade de pensamento, o anticlericalismo, por exemplo. Não seria portanto de meu direito, intrometer-me em assuntos digamos, de ordem pessoal. Mas a ideia fermentava, e nada como poder refletir, e melhor ainda, espalhar " ...no ventilador" e estes espaços daqui, são o próprio "ventilador". Só que enquanto dirigia, pensava: afinal, quer gostemos ou não, trata-se da visita de um Chefe de Estado. Poderia ser visita do Obama, ou de qualquer dirigente que agradasse uns e desagradasse outros. E quem convida, paga. E neste caso, o convidado é o Chefe de Estado Imperialista, de um antigo e vasto Império, que perpetua-se desta forma, onde milhões de pessoas espalhadas por inúmeros países têm dupla nacionalidade, ou seja, são portugueses e católicos, ou...brasileiros e católicos, e o frenesi que isto causa, maior do que a visita de qualquer outro chefe de estado a um país onde existam muitos imigrantes daquela nacionalidade decorre da expectativa de que aquele Império Romano Católico Apostólico determine a "verdade" em que acreditam, como única para todos, livrando-os do desconforto da duvida. Assim, o Papa visita sempre seu Império, marca presença, delimita território. E apoia ou não políticas internas e externas ( dos outros), além de lançar véus que obscureçam seus problemas internos ( do Vaticano) e de seus representantes - embaixadores?- no mundo

PS: Mas o que fizeram, afinal, dos pombos? Foram presos e depois soltos? Ou exterminaram todos, inclusive as Pombas da Paz? E aquelas que vejo que usam para representar o Espírito Santo ? O Santo de Assis, o Francisco, concordou com isso ?

sábado, 8 de maio de 2010

REMEXENDO NO PASSADO





No meu passado recente, quando visitei o passado da civilização

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sexta-feira, 23 de abril de 2010


Oração a São Jorge
Eu estou vestido e armado com as roupas e as armas de São Jorge,
para que os meus inimigos tenham pés e não me alcancem,
tenham mãos e não me toquem,
tenham olhos e não me vejam,
e nem mesmo em pensamento eles possam me fazer mal.
Armas de fogo o meu corpo não alcançarão.
Facas e espadas, se quebrem sem o meu corpo tocar.
Cordas e correntes, arrebentem sem o meu corpo amarrar.
Jesus Cristo, me proteja e me defenda com o poder de sua santa e divina graça
Virgem de Nazaré, me cubra com o seu manto sagrado e divino, protegendo-me em todas as minhas dores e aflições,
e Deus, com sua divina misericórdia e grande poder, seja meu defensor contra as maldades e perseguições dos meu inimigos.
Glorioso São Jorge, em nome de Deus, estenda-me o seu escudo e as suas poderosas armas,
defendendo-me com a sua força e com a sua grandeza, e que debaixo das patas de seu fiel ginete meus inimigos fiquem humildes e submissos a vós.
Assim seja com o poder de Deusde Jesus e da Falange do Divino Espírito Santo.
Salve São Jorge!

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

TIM TIM POR TIM TIM

Como voces nunca viram aqui.
O mea culpa, ou melhor,
"O castigo vem a cavalo ".
( quem tiver paciência ou curiosidade, leia até o final, mas seguramente não vale a pena começar. Estou só dialogando comigo mesma , que talvez fale depois.

Acabo de "levar uma rasteira" ou sofrer uma boa decepção - coloquei a palavra boa onde não soube decidir entre grande ou média, mas seguramente acima de pequena. Daquelas que me fazem chorar e ranger dentes, esbravejar e praguejar. Além de coisas que podem ser tidos como blasfêmias, na hipótese de "Êle" existir ( eu eu aí de novo discípula de Pascal ). Vou contar do quase princípio ao fim, duas histórias entrelaçadas (no eixo principal, já que forma tambem vários eixos secundários).

Historia 1
Vou ao comecinho, a partida, já após as voltas de aquecimento, quando eu me encontrava a cerca de 7 anos com um imóvel comercial compartilhado com um ex. e vazio, sem rendimentos e com custos e que êle sempre dificultou e até impediu qualquer negociação, porque òbviamente, para ele não fazia diferença. Seria só isso mesmo, ou intento em prejudicar por diversão ?Finalmente decido transferir a propriedade, que eu herdara de meu pai, para minhas duas filhas mais novas, que por terem sido adotadas durante nosso...(casamento?) -apenas em meu nome porque ele...não sei, não quiz? - mas que o consideram pai e ele as chama de filhas. Assim elas iniciaram a pressão para a locação, que finalmente após exaustivas negociações, se fez com o mesmo candidato a inquilino de todos esses anos ( tem um negócio ao lado para ser expandido). Aí começa o erro, punido em uma outra história que começava a desenrolar-se a partir do terceiro quarto da anterior. Durante a elaboração do contrato confesso que exausta, negligenciei a celeridade esperada e necessária para qualquer comerciante. Deixei por conta delas todo o processo embora as vezes falasse, " ei, voces não vão...( cumprir a etapa seguinte) ?" e respondiam do lanche marcado com amiga , ou qualquer coisa equivalente. Eu esquivando-me de qualquer palavra ríspida, das tpm(s), porque sou sequelada de "rispidez alheia", porque fiquei cansada de coisas que podem ser evitadas, desviando-me, deixei que a chave fosse entregue no 5º dia de negociação e finalmente o contrato, indispensável para uma série de procedimentos legais, inclusive ligar a luz se fizesse após mais 5 dias.

História 2, tudo a ver
"Pré-história":
Problema 1 . Aposentada há tres anos, necessito voltar a trabalhar porque o vermelho bancario foi ficando maior e estou falida. Não quero voltar a trabalhar na minha cidade porque...não quero, alem do salario profissional ser tres vezes menor aqui do que em quase todas as cidades do país e há muitas bem próximas. Há vários meses atras recebi uma proposta de trabalho, interessante, negligenciei outras, posterguei e ...fui traida, o emprego não veio (viu, o cara, sei que voce tambem lê aqui, vá se... catar!) e eu fali.
Soluçao : mudança de casa e de cidade para um local mais favorável para minha recuperação financeira, melhores salários com melhores condições de trabalho. Os filhos vem me socorrendo, mas isso me deixa no vermelho de vergonha.

Problema 2. Como muitos já sabem, ganhei de presente de natal uma mãe rejeitada merecidamente por todos os seus filhos. Não posso deixa-la sem condições mínimas de bem estar, afinal, me cedeu o útero até que eu nascesse, mesmo tendo afirmado reiteradamente o quanto lamentava não ter abortado, ou talvez principalmente por isso, porque teve uma filha indesejada, que se tornou eu. Já acolhi estranhos, por diversas vezes, porque então ela não? ( tenho medo do futuro, de caso seja verdade que o carma ou o purgatório existam, ou que vire um obsessor, algo assim , mais do que tenho medo dela e do que sua presença me faz recordar, de tudo que passamos, os irmão, por conta dela). Preciso de uma casa para esta nova realidade, a tempo indeterminado.
Solução : mudança de casa e aumento dos rendimentos. ( O presente não trouxe bônus, exceto por uma contribuição financeira discreta, de parte do irmão que me trouxe o presente no meio da noite de Natal, a título de remorsos, acho.)

Problema 3.]Tenho 10 cães.
Solução: Não pode ser qualquer casa, já que não acredito no direito de manter cães presos e são três matilhas que não se suportam mùtuamente. Ei ! Isto aqui ainda é problema.

Problema 4.As filhas que moram comigo: a caçula prestou vestibular, aguarda resultados, não se sabe se vai ou se fica no núcleo. A outra precisa iniciar o ano letivo, 3º periodo em uma Universidade particular que tem uma rede ampla, mas reduz o raio de escolha, já que ela está estagiando cuidando remuneradamente da 'Vó, coisa que me considero incapaz, nem desejo, para o meu bem estar mínimo, considerando que terei de abrir mão de muitas coisas da minha boavidamaisoumenos que vinha levando. ( Já parei de chorar por conta disso: vou tentar acreditar que terei recompensa após a morte, esquecer que a boa ação deve ser executada sem esperar o fruto da ação, etc).
Solução: dependente dos problemas acima.

O castigo
ACHEI A CASA. Tenho urgência, o ano letivo já começou. Cadastros aprovados, vistoria feita de acordo, precisa reparos mas atende a todas as outras condições e necessidades, inclusive valor do aluguel, menor do que pago aqui. Boas perspectivas de trabalho na região, contatos feitos confirmados, do jeito que quero, extras e substituições. Sem escravidão. Pagam 4 ou 5 vezes mais do que aqui. Inicio imediato, no Carnaval . Adoro trabalhar em eventos! Apenas 200km daqui. Marcada entrega das chaves e assinatura do contrato para hoje. Sincronizo detalhes da mudança para o periodo do Carnaval, tenho que instalar-me rápido, o ano letivo já começou, há uma semana...Envolvo pessoas, logística complexa para a mudança dos cães, aciono pintura, etc para a casa velha, pagar dois aluguéis o menor tempo possível, estou falida, né. Tudo certo. Certo? A imobiliária respeitável em diversas cidades do estado, com sua origem na minha cidade, comunica que por excesso de trabalho, só poderão preparar o contrato e entregar as chaves após o Carnaval. Expliquei, pedi, sugeri pagar hora extra ao funcionário responsável, chorei mesmo, de desespero, ao telefone. Ouvi um pedido de desculpas, e só mesmo depois do carnaval, que será quando o meu filho que está assumindo o contrato, já que tem rendimentos muito superiores ao meu e é de fato quem assumiu minha moradia desde as minhas dificuldades, estará embarcado por quinze dias em plataforma petrolífera. -"Ah! Sem problemas, esperamos ele voltar" ( a casa precisa de muitos reparos, não é fácil alugar, mas me serve).
O ano letivo já começou. Faço a matrícula dela aqui e fico mais seis meses , desistindo por hora da mudança, ( voltar aos problemas, atentamente, todos) , não dá para continuar nesta casa, com ela-a mãe, a mais. Ou sem a cuidadora, ou...

"Aqui se faz, aqui se paga", castigo, não mais a cavalo, mas usando a velocidade das telecomunicações.
Mas não é p'ra todos,é?

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segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

Eu sabia, mas não sabia


Ou, eu sabia mas não conhecia, dando a 'conhecer' o sentido de... conhecer. Então, quando aprendia, por métodos mentais, sobre algum tema, a dor, ou o medo, ou como são doloridas as relações familiares pelos karmas que trazemos, nunca consegui atingir a compreensão do significado intenso e extenso do conceito, embora tivesse alcançado uma perfeita compreensão intelectual da coisa pensada. Mas quando vivi o medo, ou dor, no meu corpo e alma, tornei-me capaz de compreender, e apreender em cada célula de meu corpo, aquele conceito. E penso que entendo com isso o que pode acontecer nos verdadeiros trabalhos espirituais, seria essa apreensão do conhecimento sem a vivência no nível material. Marcar sua vida com aquela compreensão, sem ter sido necessário vivê-la. É isso o que quer dizer "atalho", acelerar os passos do caminho, até suprimir alguns, para se estar adiante no desenvolvimento pessoal. É isso que a meditação faz, por exemplo. E eu não medito, não me prostro em orações ou me dedico a trabalhos espirituais. Transporto tudo para o campo das experiências físicas. Me descubro empirista. Assim, transformei a oração em serviço ao outro, mas quanto aos trabalhos ou meditação - exige esforço, tempo, dedicação, é um trabalho também -, aí é que talvez eu tenha escolhido a forma mais dolorosa , a da experiência, que acarreta esses altos e baixos, ires-e-vires constantes em minha vida. Como cabe a espíritos primitivos, em desenvolvimento incipiente. Este apego ao plano material , que me condiciona, me impede de ter asas e de ter voos mais altos.


" Ó Impecável, o modo da bondade, sendo mais puro que os outros, ilumina e livra a pessoa de todas as reações pecaminosas. Aqueles que se situam nesse modo desenvolvem conhecimento, mas ficam condicionados pelo conceito de felicidade "
(Bhagavad-Gita, 14/06)

Ou seja, não há liberação.
Tenho que tentar outros caminhos. Se serão mais suaves, não sei. É hora de mudar, o Tempo exige, urge , ruge (ameaça). Mas onde e como me apoiar para dar o salto? E de onde tirar Força e Vontade, já que estes me parecem atributos já da próxima fase.

domingo, 7 de fevereiro de 2010


EU SEI COMO É, EU SÓ NÃO QUERIA TER QUE PASSAR POR ISSO AGORA. PODERIA TER FICADO PARA A PRÓXIMA E NESTA, QUEM SABE, VIVENCIAR UM TANTO DE COISAS MAIS AGRADÁVEIS, PARA VARIAR.

sábado, 6 de fevereiro de 2010

Mudança de fase

Hoje quando fui ao Rio, buscar a turma no Galeão, na estrada este
por do sol provocou redução da velocidade para muitos motoristas, sendo que alguns, eu inclusive, pararam seus carros um pouco. Por do sol, já vi belíssimos, como o de hoje até, sublimes, mas pessoas parando para contemplar, isso eu não costumo ver. Estão mudando os tempos? A beleza da natureza interfere na pressa ? As pessoas vão começar a olhar as estrelas, parar para ver a lua ?

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010

... PUUÁÁÁ!


Não é a primeira vez que as coisas vão dando p'ra trás, sem parar, enguiçando todos os domésticoeletricos, sucessivamente. São pouquissimos,mas mesmo assim...sem lavadora de roupa não dá. Como tambem o fogão que vazou gás até o dia que o técnico veio e fez parar de vazar só pelo olhar dele, pois não apareceu nenhum defeito. A lavadora é diferente, o defeito não desaparece nem após a troca de sucessivas peças. A câmera fotográfica apresenta uma mancha nas fotos, o carro precisa de consertos caros. Tema prosaico, parece. Acontece que é muito mais do que isso, espera de respostas importantes que não chegam, confirmação da traição por parte de parentes, a lista poderia seguir até ultrapassar o entediante. Mas descobri por experiências anteriores, e reconfirmada ontem/hoje, que o importante é se desesperar porque aí tudo muda. Gritar, contestar, blasfemar, desesperar e finalmente prostrar-me ante uma incipiente depressão. Imediatamente começam a chegar algumas boas notícias, reencontro amigos que nem esperava mais, a filha entra em fila de espera para Universidades, não foi eliminada, alguns negócios que estavam estagnados, repetinamente se resolvem, tudo hoje. Conclusão sábia: Da proxima vez não espero tanto para desesperar. Farei isso logo no comecinho.

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

nada de nada


Como tenho estado muuuito em casa e por alguma sorte um dos computadores vem funcionando, lento e travando, mas funcionando, ando passeando bastante por blogs. Em alguns que conheço a mais tempo ou onde uma forma de amizade estabeleceu-se, tenho lido como livro, inteiro, pedaço a pedaço, partes, como capítulos. E voltando a entrar em um monte de desconhecidos, por mera curiosidade. Descobertas? Quase tudo igual, ou melhor dizendo, grupos semelhantes, temáticas comuns, pràticamente relê-se argumentos, teses ou confidências. Afinal,somos todos, os humanos, tão semelhantes entre nós como raças de cães ou cavalos.Só que refiro-me a "raças psicológicas". Grupos comportamentais, encontrando-se ou não em confrarias. Ah! Que saudade de caminhar pela mata! Que necessidade de caminhar pelas matas!

quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Privilégios, ou crime e castigo?


Ontem acordei com os sons da natureza, saio da casa, vejo um amanhecer, privilegiadamente. Vento forte, como gosto. Cirrus e cúmulos, de rosa chegam ao dourado. Temperatura ideal. Sons de pássaros despertando, iniando a labuta. A lua, cheia, atenta, contempla.


Antes, à noite, permaneci horas deitada numa rede, ouvindo as cigarras e grilos , o vento forte nas árvores, enquanto contemplava a lua e seu brilho no mar...embalada pelo rumor das ondas.
E ainda, para estar lá, corri por algumas esplendidas rodovias brasileiras. E por algumas nem tão boas. Mas mesmo assim, viajar é bom. Muito bom.
Acontece que tinha por companhia também ELA. Que me atormenta, assusta pelo volume de recordações que desperta, tira minha calma, acelera a respiração. Não, não se trata de amor, mas de seu complemento. Aquele sentimento que diverge do amor, com tênue limite. E que recuso-me a nomear. A ausência da palavra talvez afete o sentimento. As recordações são todas ruins. Um enorme desconforto todo o tempo, a ponto de interferir sèriamente na perspectiva do prazer. Mais ainda da alegria. Felicidade, então? Eu passo toda a minha vida brigando com a natureza porque quero acreditar que a felicidade é possível e obrigatória. Mas não consigo abstrair-me ou melhor, livrar-me dessa contrapartida. Tá, essa questão da dualidade presente no Universo blá blá blá está p'ra lá de batida, mas mesmo assim preciso encontrar o caminho que quero percorrer. Eudaimonia.
Depois fui caminhar pelas redondezas.

Fim do Mes


Caiu a ficha: é ano novo mesmo, cheio de novidades, pelo menos passará mais rápido que os anteriores, é sempre assim, e muita coisa que esta desorganizada será arrumada, outros problemas e conflitos surgirão, outras soluções, e dentro de um ano como será que estarão as coisas e as pessoas?

Daí que torno pública agora minha resolução de ano novo : Tornar-me, de novo, autosustentável.
Isso vai modificar os indices de auto estima. Voltar a trabalhar depois de aposentada por tempo de serviço contado,( e mais o tempo que não pode ser comprovado) , vai fazer com que me sinta uma babaca, explorada pelo sistema, auto estima fortemente negativa)

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Dos cadernos


Nesses dias em que queria conversar comigo mesmo, voltei aos meus cadernos. Algumas vezes escrevo querendo eventualmente "ouvir" comentários, sem entonações, sob meu contrôle, de quanto eu aguento, etcétera, daí o escrever em publico, nestes blogs. Dialogar ao vivo ? Penso que fiquei lesada com a vida vivida, tenho medo de cara feia e de voz alta. Então, escrever em qualquer lugar onde, logo ou nem tanto, eu leia, releia, perceba com certo distanciamento, meus erros, meus limites, meus acertos e até algumas coerências é criativo. E, as vezes, estas conversas se dão solitárias, ensimesmada, as reflexões vagam lentamente, não dão forma a nada ou saem poesias dos pensamentos de quem não sabe poetar, e daí os cadernos. Muitos mesmo. Espalhados, enquanto escondidos, em diversos lugares de minha vida. Muitos queimados, totalmente destruidos, porque seu conteudo incomodava, ora minha mãe, ora um dos "companheiros" que escolhi na vida. Más escolhas...Mas isso é outro assunto. Afinal, de alguma forma, mesmo daí coisas boas surgiram. E de cadernos que ficaram na casa e dos que deixaram fragmentos na memória, além da poeira acumulando mais intensamente do que seria tolerável, tiro algumas vezes lições de mim para mim.

domingo, 24 de janeiro de 2010

1 mes !

POW! BUUUMM !!!

BANG !!!

OOPSS! São fogos, comemoração por ter resistido muuuuito mais do que imaginava.

VIVA SANTA VANESSA!!!!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Eu, que sempre pautei a vida recusando-me ao comum, ao ordinário, de repente tornei-me um clichê.

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

aiaiaiai...


Coisa rara, eu estar em algum lugar sem desejar movimento. Sem querer voltar para dar uma passada em casa e seguir para algum outro lugar. Estou aqui, na casa do André, onde me sinto imensamente à vontade, eu que sempre detestei calor, acostumei-me, em tres dias a derreter e até gostar disso. Eu que sempre detestei água fria, seja no mar ou em cachoeiras, (costumo amar contemplar, jamais entrar), tenho entrado no mar, penso até em aprender a surfar. Lógico que já vim aqui outras vezes. E a sensação é a mesma, porem cada vez mais forte. E nas duas últimas, meu poderoso carro-velho quebrou no caminho. Acho que ele também não quer voltar para lá. Bem, conformemo-nos, eu e o carrão, pois falta agora muito pouco para uma mudança definitiva. Assim espero, desejo e tenho providenciado, Amem.

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Gente lesa gera gente lesa

(hshshs - Li no orkut do Marzano e ri muito)

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sábado, 9 de janeiro de 2010

Crônica sobre o quase nada


Sábado com sol e vento. Os sons habituais da vizinhança urbana, das ruas e da mata ao fundo da casa. O de sempre: carros e caminhões, crianças gritando em seus folguedos, bem-te-vis,sabiás, cambachirra, outros que não identifico, nem o som, nem a ave, apenas ouço e me deleito. Cigarras, grilos, sou uma privilegiada na vida. Mesmo os momentos de dor ou angustia, mesmo os grandes desesperos, foram até agora superados e tiveram alguma contrapartida. Deixando sequelas, é claro, algumas imperceptíveis, outras bastante graves, determinantes de quem me torno, com certeza. Pois é assim que venho crescendo, aos solavancos. Ah! não, a imagem que me ocorre não é uma senoidal, não há suavidade nas transições entre os extremos alcançados pela linha traçada, apenas transições súbitas, abismos, penhascos, despenhadeiros. Talvez por isso eu goste tanto de montanhas, espelho-me nelas, metáforas de minha vida. Tanto como Sísifo, as vezes Prometeu, outras, o Eremita; buscando a sabedoria, tentando alcançar Zaratustra, ora apenas uma caminhante. Sinto em suas faldas, as certezas que procuro e sei que não existem, e que se desprendem, rolam, como as rochas sob pés descuidados. Talvez por isso eu não encontre meu lugar, meu lar, não consiga fazer minha casa, me prendo, sem raizes, com gavinhas, e rompo, e sigo, e volto...
Não posso fugir pelas estradas, estou presa... a meu passado, a meus ancestrais, às minhas incertezas. Estou exclusivamente comigo mesma, sem disfarces, sem linhas de fuga, sem rotas de fuga, com linhas de rugas, mas não deveria ser sempre assim? Isso não deveria produzir lágimas ou dor! Tudo é temporário, transitório e, paradoxalmente, permanente e definitivo. O que voce se torna, as pegadas que voce deixa, como a sua historia e marcas deixadas na vida, nos outros, acabam se apagando. Vou me diluindo na imagem que produzo de mim. E quem sabe encontre alguma tranquilidade ou certeza.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

TAO


Não há dúvidas que o Universo mantem um estado de equilíbrio dinâmico, situando-se precària e firmemente entre os extremos, a dualidade, o yin/yang.
Estou em uma fase onde parece que o ... universo conspira contra mim. - onde escrevi universo, com minúscula, pensei em: criador, controlador, artesão (o grande), Princípio, - não encontrando um termo para a IDEIA, mas com certeza, algo no fundo de minha razão, mente, alma, rejeita o acaso como causa. Sim, porque no meu mundo, tudo deve ter uma ou multiplas causas. Aristotélico? Talvez. Ou, certamente! Mas é como sou capaz de perceber o mundo. Ou como fui treinada. Mesmo nesta fase, onde isso, um Inominável e Incompreensível está conspirando para testar meus limites, quem sabe levar-me algum outro estado de percepção, conhecido como loucura ou uso/abuso de drogas lícitas como ansiolíticos e antidepressivos... ihrc/esconjuro . Confio, (e nem sempre) que vou dar conta, afinal construi para mim um sistema de crenças que me ampara e até conforta, mesmo mantendo sempre uma postura crítica, talvez fundada numa ausência de fé. Então, creio na ÉTICA como movente ideal. Mas que algo conspira contra minha tranquilidade, isso é verdade. Poderia enumerar aqui, em longa lista, a sequência de circunstâncias que tem me envolvido, mas tenho tentado não falar muito do ruim, do mal. Existe uma expressão no conteúdo de uma doutrina que conheço, que diz que se deve evitar o "correio da má notícia", que é na verdade mais do que isso, trata-se de espalhar fofocas, mas trata também de divulgar e fazer crescer o mal através da divulgação dos atos maus. Como um fermento.
Aceitação com certa tranquilidade do que tem acontecido? Tá, pois eu não fui à Devon, à Findhorn, Escócia E Grécia? Um presente desses, traz consigo uma necessidade de compensação, de ponha-se no seu lugar, não perca a Concentração e, menos ainda, a Atenção. É necessário o equilíbrio. Então tá bom!

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PROCURO UMA CLAREIRA, UMA OCARA, UM ESPAÇO, PARA ENCONTROS E TROCAS

BEM VINDO !

AQUI SEGUEM OS RELATOS DAS MINHAS AVENTURAS E DESVENTURAS, SÒZINHA OU COM MINHA FAMÍLIA ONDE MUITOS NÃO GOSTAM DA MATA OU DE MIM.

Reinício em 11/02/2011