sábado, 26 de março de 2011

VIVA!!!!!

Chegou junto com o outono, a Helena, Tocha de amor, luz do sol !
Disposta a conhecer o mundo, mostrar a que veio, reunir as pessoas, nasceu em 21 de março às 20:30 hs, em Petrópolis.

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sábado, 12 de março de 2011

Quem aqui vem sabe  e se não sabe informo, que sou batalhadora, que minhas condições de vida foram um pouco adversas, mas que apesar disso e até, talvez por isso mesmo, estou aqui, sobrevivente. Não gosto muito dessa palavra: sobrevivente, parece que é uma acontescência sobra do acaso. ( É sobra mesmo, mas tambem pode ser lido como obra), mas no caso é algo conquistado duramente. Tá, com um tantinho de sorte e ajuda tambem.
Dessas minhas lutas sobraram muitas cicatrizes, falo principalmente daquelas psicológicas, já que as do físico não me incomodam, mesmo que tenha várias, a primeira na face, deixada no dia que nasci. A primeira na alma, anterior a do físico, talvez no dia em que fui concebida e certamente durante o tempo em que estava sendo gestada e negada. E por aí vai.
Eu sempre arrastei uma enorme culpa por não ser daquelas mamãezinhas conforme devem ser as Mães. Não conseguia fazer comidinhas especiais todos os dias ou noites - mas comida nunca faltou, mesmo que divididas as guloseimas, afinal eram tantas crianças. Nunca faltou teto, roupas, folguedos, lazer e atividades culturais que suprissem mìnimante as necessidades de desenvolvimeto das crianças e creio, tambem de desenvolvimento afetivo. Faltava ao trabalho ou contornava, para comparecer as atividades de escola na maior parte das vezes: joguei queimado, hand ball, gincanas de ovo, corridas do saco suficientes para completar uma maratona, corridas com batatas na colher, virei cambalhotas em publico, dobrando e vencendo uma enorme timidez, criando um personagem até, para prosseguir; cheguei a ganhar premios em festas de mães; frequentei reuniões escolares intermináveis para pais e mães e o que mais era necessário, mesmo que eu sentisse uma inutilidade naquilo tudo. Mas as mães iam, os filhos sabiam e cobravam, como eu poderia não comparecer? Proporcionei atividades extras na medidas de meus próprios e únicos recursos, descobrindo coisas "mais em conta", bolsas de estudo, danças, lutas, ginastica, música, a cada um dando a oportunidade de buscar descobrir seus talentos, mesmo que muitas vezes não pudéssemos ou quisessem dar continuidade, mas pouco fiz pudins e empadões. Durante muito tempo proporcionei quem fizesse, a ajudante de tarefas do lar, até quando foi possivel manter uma. mas aí já eram adolescentes. Até hoje, já aposentada ou com tempo, não sei preparar lanchinhos ou almoços e jantares especiais, salvo  certos dias obrigatòriamente especiais onde me desdobro alem das minhas limitações.
E cometi tambem muitos erros e penitencie-me e peço perdão até hoje por eles, mesmo que não intencionais e decorrentes de covardia ou medo.
 Eu sei que fui uma mãe medíocre, enquanto me desdobrava para ser tambem o pai e olha que fui um bom pai de tantos filhos largados pelo pai.  Mas gente como dói  desde que ouvi e ainda ouço a voz dizendo que fui a pior mãe do mundo. Sabe por que essa voz não some ? Por que certamente é o que pensa  quem é dono daquela voz, pois nunca se retratou, para que eu tente acreditar que não é isso que pensa..
Mas não fui a pior mãe, tenho certeza. E fui um ótimo pai, tambem sei.  Olho em volta, vendo como são as coisas, buscando termos de comparação e de avaliação.
Eu já ouvira isso há tempos atras de uma outra pessoa, que desde então, por considerar demasiado ignorante decidi que não faria parte de minhas amizades, mesmo que seja obrigada a uma convivência social mínima, o que fica menos difícil quanto mais o tempo passa. Esta dor tambem vai diminuir, eu sei, só preciso de tempo, que me deem tempo, já que não reconhecem a necessidade de pedido e atos que comprovem ou demonstrem que querem ser desculpados se é que querem.. Eu preciso de tempo, muito tempo para cicatrizar, sem que a promoção de outros eventos equivalentes venham a arrancar a casca da ferida.e pôr a sangrar de novo.
Tempo para esquecimento, recolher-me em minha toca para lamber as feridas, para cuidar de mim, para não desaparecer na falta de vontade de viver.
Me perdõem pois, por mais esta fraqueza, esta incapacidade e se possivel, evitem magoar-me novamente, pois " meu copo está até aqui de mágoa " e precisa evaporar um pouco antes de prosseguir. Preciso resgatar minha auto estima, tão em baixa.

quinta-feira, 3 de março de 2011

Por que ?



Passei minha vida tentando saber mais da vida, tentando e esforçando-me para entender seus processos, seja os orgânicos, os psicológicos ou espirituais; saber pelo menos parte das respostas às classicas perguntas, de onde viemos, para onde vamos, como devemos fazer, e quanto mais o tempo passa, ou eu passo pelo tempo, mais longe fico de qualquer resposta. Quanto mais busco o que é certo, mais afasto-me do que é comum, ou vivo.
Encontro tambem respostas insatisfatórias em textos considerados sagrados. Pior do que insatisfatórias, muitas são contraditórias, em um mesmo texto, que dira em textos de culturas diversas.  Mas culturas diversas significam que alguma esteja certa e outra errada? Recuso-me a aceitar um Deus de Mistérios, pois não acho que o segredo do conhecimento possa contribuir para o desenvolvimento do ser-se humano. É como dar a um estudante um grande livro e pretender que ele compreenda se ainda não lhe foi ensinado a ler. Recebemos oportunidades sem saber ao certo ( nem ao duvidoso) o que fazer com elas. Não consigo entender educação sem clareza, sem explicações. Entendo até a necessidade do aprendizado criativo, das descobertas de novos modos de compreensão, mas aí, se o entendimento não fôr de acordo com a expectativa do mestre, o que recebe o aluno ? Uma punição. Não entendo justiça neste método. E se justiça é indispensável para alcançarmos o supremo bem, não está aí uma enorme ilusão ? Não estaria certo Descartes quando levanta a hipótese de um deus enganador?  Se o resultado duvidoso não seria então consequencia de um causador injusto ?
Porque o humano é um ser essencialmente social, se só o que encontra é solidão? Conheço muitas hipóteses/justificativas das razões para esses processos, mas para mim estas respostas soam como quando se responde a um daqueles "por ques" intermináveis das crianças com um " Porque sim". Porque sim ? Mas isso não é resposta e é assim que me sinto frente a minha busca  ante os dilemas que a vida me aponta.
 Perdoar? Mas não devo dar a  uma pessoa  algo que ela não não queira; seria como jogar ao lixo um bem precioso. Portanto, penso, só se deve perdoar a quem deseja ser perdoado. Não é certo ? Não estaria aí a justiça ?
Não acredito na liberdade de escolha dos caminhos, pois se a escolha não for "a certa" o dano será certo. E aí, como saber se o que escolhemos é o melhor, o necessário se não podemos sequer imaginar como seria caso a escolha tivese sido a outra. Como num " efeito borboleta".
Ando cada vez mais triste, e apreensiva pela minha tristeza inevitável, pois tenho certeza do que acontece aos corpos daqueles que se tornam imersos na tristeza e certa dos castigos que decorrem disso. Mas o que fazer sem respostas ? Como ter esperanças num mundo que pouca recompensa traz aos grandes esforços e que só aponta para mais e mais punições ? Como acreditar numa hipótese de transcendência se nos é dado a lógica e esta nos mostra como é ilógico tudo isso ?
Quando vou sentir que meus esforços para plantar deram frutos saborosos ? Que valeram a pena ?
A essa angustia, limítrofe do desespero, sempre chamei suicidio lento, mas não consigo desviar-me deste caminho.
Mas "dar a cara a tapa " repetidamente ? Ah! Isso não faço mais. Isso sei que é um mal , e procuro o Bem.
PROCURO UMA CLAREIRA, UMA OCARA, UM ESPAÇO, PARA ENCONTROS E TROCAS

BEM VINDO !

AQUI SEGUEM OS RELATOS DAS MINHAS AVENTURAS E DESVENTURAS, SÒZINHA OU COM MINHA FAMÍLIA ONDE MUITOS NÃO GOSTAM DA MATA OU DE MIM.

Reinício em 11/02/2011