segunda-feira, 30 de junho de 2008

Da águia e do colibri

Talvez vocês não saibam o tamanho da minha inquietude, da minha ânsia de saber mais e mais sem sequer algum critério de seletividade. Saber para e por saber. Percebem que alguma coisa não é "normal". Neste frenesi talvez esteja mascarada a impossibilidade de atingir qualquer grau de conhecimento. A questão do "conhece-te a ti mesmo" do oráculo de Delfos mito que me parece que deu origem às ciências pois ao apontar Sócrates como o mais sábio fez com que êle buscasse a verdadeira sabedoria e daí a história nos mostra as consequencias, um predomínio da razão sobre as outras formas de conhecer, uma hegemonia de um modelo cultural belicista, excludente, pois até a democracia grega era só para os cidadãos, excluidos os não gregos ou atenienses, mulheres,etc. É nessa sabedoria que se apoia nosso modelo civilizatório. Belo modelo! Foucault, na sua obra "Hermenêutica do Sujeito" ao tratar do 'conhece-te a ti mesmo' inclui uma outra dimensão que é o cuidar de si. No encontro ou convergência da auto-imagem com o interior - pensei em escrever "self" mas detesto os jargões psicanalíticos ( e a psicanálise, que vejo como uma pequena ferramenta da compreensão dos entes humanos se arrolando direitos de única interpretação possivel), bem, nesses encontros decorrentes de tentativas de autoconhecimento, deve-se incluir condições de, digamos assim, aperfeiçoamento de quem somos, entes existentes neste dado tempo/momento.
Minha vida de blogueira tem sido ótima, pois "meu querido diário" antes escrito para leitura póstuma ou fogueira incontinente, agora se faz onde permite acesso imediato e, mesmo que nenhum de voces nunca postem comentários, as conversas decorrentes, por telefone ou presenciais, tem sido bastante relevantes. Agradecida pela atenção. Não que seja necessário agradecer, e sei da constante atenção de voces tanta que me sinto até não merecedora. Aprender tudo que foi possível com a imensidão do que voces são, foi e é, um imenso privilégio. Se em algum momento duvidei de algum tipo de bondade sobrenatural, as bençãos decorrentes das vossas existencias são provas mais do que evidentes de uma Presença Divina.
Divago, boto Foucault no meio, e a águia? e o colibri? Bem, êste post vai ficar longo.
Em um dos blogs que visito, alguem dizia da insatisfação ou mais, da estultice de pretender que um beija-flor voasse alto como uma águia ou que uma águia voasse baixo como um beija-flor. Refetindo então sobre as diferenças, e pesquisando quais diferenças e semelhanças poder-se-iam encontrar, dados ténicos, velocidade de vôo, organização familiar, hábitos reprodutivos, hábitos alimentares, e pensando se afinal eu preferiria qual dessa aves, a conclusão foi de que não dá para abrir mão de nenhuma delas. Antes que separadas pela ordem, gêneros e espécies, são unas em classe, reino e existência. As diferentes manifestações do existir não podem ser tão sòmente um acaso algoritmico genético, selecionado pela sobrevivência do mais forte. As diferenças abordadas em análises acadêmicas e políticas só existem a partir do que criamos em nossa consciência, quando nos separamos de nós mesmos, ou deixamos de nos conhecer, pois tôda a vida está em nossa matéria. Somos feitos da poeira das estrelas, de restos de um Bigbang, ordenados para um objetivo, e um objetivo não pode ser a desintegração sòmente, pois se fosse este sòmente, o ciclo geração-desintegração, tudo tenderia a um infinito gerar-desintegrar. E não é o infinito tambem a proposta das religiões e dos místicos? não acaba se tornando uma co-incidência de propósitos ou perspectivas?
Crianças, desta vez, só desta vez (e talvez em alguma outra) comentem por escrito para que eu possa avançar neste raciocinio pois só o dito, a palavra escutada, minha memória transforma, seleciona e não posso repisar os caminhos, retroceder para tomar novo impulso.
Sei que voces são uns primores em tolerância para com tudo e principalmente para comigo.Beijos. Ótimo dia/dias, semana...

sexta-feira, 27 de junho de 2008

(des)Identificação

Sempre certos de que coincidências não existem, pois algum movimento sincrônico dirige-nos por onde passamos. Nesta semana um dos blogs que eu frequento, sôbre viagens, trouxe uma matéria dos Andes e de um cerimonial Aimará, com esta foto , entre outras, da saudação do sol do dia do solsticio de inverno, que para aquele povo é o inicio do ano. (foto de Haroldo de Castro).......................
Hoje, surfando à toa por entre blogs, caí não sei como em um site excelente sôbre cultura, história e língua Aimara. E olha que eu estava bem distante das rotas que uso, do meu blog ou de qualquer outro linkado. Mão do acaso conforme afirmam os agnósticos e os descrentes. Eu acho que é parte de uma função vetorial e que de alguma forma vai (e já está) interferindo em minha vida. Mas o tempo - outro vetor - dirá. De qualque forma hoje aprendi muito sobre outras culturas além de entender um pouco mais da história da América Latina ou o que é mais importante, pré-latina, alem de desvendar um pouco mais sobre o que sempre senti quando se fala daqueles povos, principalmente a chamada cultura Inca. Começo a ver com mais clareza onde me situo, eu uma ariana descendente da colonização recente da minha região por alemães e que no entanto sinto uma dor profunda e real quando leio qualquer coisa sôbre a dor do meu povo -ops do Povo Tradicional deste continente. Dói, de chorar.Mesmo.

quinta-feira, 26 de junho de 2008

O SOL

Parou de chover.O céu azul e o sol brilhante (ah! que saudade do Gabriel e seu sxol biiante -até sábado falta pouco) mas, ...o sol brilhante fazendo subir pelos ares nuvens de vapor, das árvores, do gramado, dos objetos esquecidos pelo jardim, aqueles que os cães levaram para brincar. É táo lindo que fica a vontade de registrar a imagem mas já sei que nenhum registro será digno, podendo no máximo, como cópia da cópia remeter, um dia, à emoção sentida neste instante, mas jamais será instrumento para a partilha desta emoção.
Mas como vivemos neste mundo dual, há sempre as duas faces da moeda - brinco sempre que talvez uma medalha de uma face só fosse melhor - o sol, ou melhor, a interrupção da chuva acaba com a desculpa de que não dá para fazer certos serviços da casa, e lá tenho que ir fazer aquelas coisas que protelei por dias. Contemplar na ação. Isso é o tal serviço devocional. O que pela minha lógica, vem a ser melhor do que a não ação proposta por Lao Tse, ou as propostas do Nagual. Não que venha a ser melhor. Não tenho conhecimento para julgar algo de tamanha magnitude, mas é o que me parece a melhor escolha para o momento. Senão os resíduos remanescentes no jardim podem transformar o paraiso na ante-sala do inferno. Resumindo este parágrafo: lá vou limpar cocô de cachorro.

quarta-feira, 25 de junho de 2008

Qual sua árvore?

Busque o dia do seu aniversário e encontre sua árvore; uma vez localizada, busque abaixo a explicação sobre a mesma. É interessante e de alguma maneira precisa. Além do mais, faz parte da astrologia Celta
23 de Dezembro até 01 de Janeiro - Árvore de Maçã
02 de Janeiro até 11 de Janeiro - Árvore de Abeto
12 de Janeiro até 24 de Janeiro - Árvore de Olmo
25 de Janeiro até 03 de Fevereiro - Cipreste
04 de Fevereiro até 08 de Fevereiro - Álamo
09 de Fevereiro até 18 de Fevereiro - Cedro
19 de Fevereiro até 28 de Fevereiro - Pinheiro
01 de Março até 10 de Março - Sauce Llorón - Salgueiro Chorão
11 de Março até 20 de Março - Árvore de Limas
21 de Março - Carvalho
22 de Março até 31 de Março - Árvore de Avelã
1 de Abril até 10 de Abril - Árvore Rowan
11 de Abril até 20 de Abril - Árvore de Arce
21 de Abril até 30 de Abril - Nogueira
01 de Maio até 14 de Maio - Álamo
15 de Maio até 24 de Maio - Árvore de Castanhas
25 de Maio até 03 de Junho - Árvore de Cinzas
04 de Junho até 13 de Junho - Árvore Hornbeam
14 de Junho até 23 de Junho - Figueira
24 de Junho - Árvore de Abedul
25 de Junho até 04 de Julho - Árvore de Maçã
05 de Julho até 14 de Julho - Árvore de Abeto
15 de Julho até 25 de Julho - Árvore de Olmo
26 de Julho até 04 de Agosto - Cipreste
05 de Agosto até 13 de Agosto - Álamo
14 de Agosto até 23 de Agosto - Cedro
24 de Agosto até 02 de Setembro - Pinheiro
03 de Setembro até 12 de Setembro - O Sauce Llorón - Salgueiro Chorão
13 de Setembro até 22 de Setembro - Árvore de Limas
23 de Setembro - Oliveira
24 de Setembro até 03 de Outubro - Árvore de Avelã
04 de Outubro até 13 de Outubro - Árvore de Rowan
14 de Outubro até 23 de Outubro - Árvore de Arce
24 de Outubro até 11 de Novembro - Nogueira
12 de Novembro até 21 de Novembro - Árvore de Castanhas
22 de Novembro até 01 de Dezembro - Árvore de Cinzas
02 de Dezembro até 11 de Dezembro - Árvore Hornbeam
12 de Dezembro até 21 de Dezembro - Figueira
22 de Dezembro - Árvore de Faia
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ÁLAMO (A Incerteza)
É uma pessoa com um alto sentido de estética, não é muito segura de si mesma, valente se for necessário, precisa estar em um ambiente agradável, é muito seletiva, as vezes solitária, muito alegre, de natureza artística, boa organizadora, tenta aprender através da filosofia, confiável em qualquer situação, assume as relações muito seriamente .

ÁRVORE DE ABEDUL (A Inspiração)
Uma pessoa vigorosa atrativa, elegante, amistosa, não é pretensiosa, é modesta, não gosta de excessos, se aborrece com coisas vulgares, ama a vida a natureza e a calma, não é muito apaixonada, cheia de imaginação, um pouco ambiciosa, acredita numa atmosfera de calma e satisfação.

ÁRVORE DE ABETO (O Mistério)
É um pessoa de extraordinário bom gosto, dignidade, sofisticada, ama a beleza, temperamental, teimosa, tende para o egoísmo mas se preocupa com as pessoas que estão ao seu redor, é modesta, muito ambiciosa de muitos talentos, criativa, amante insatisfeita, de muitos amigos e inimigos, muito confiável.

ÁRVORE DE ARCE (A Mente Aberta)
Uma pessoa fora do comum , cheia de imaginação e originalidade, tímida e reservada, ambiciosa, orgulhosa, segura de si mesma, com sede de novas experiências, algumas vezes nervosas, tem muitas complexidades, possui boa memória, aprende rapidamente, com uma vida amorosa complicada, gosta de impressionar. Deve buscar ter uma relação seria que encha sua vida, isso lhe fará feliz.

ÁRVORE DE AVELÃ (O Extraordinário)
É uma pessoa encantadora, não pede nada, muito compreensiva, sabe como impressionar as pessoas, é uma pessoa segura, mente aberta, positivista, ativa na luta por causas sociais, popular, temperamental e amante caprichoso, sensual e excessivamente apaixonado, belo, sensível, honesto e companheiro tolerante, com um sentido de justiça muito preciso.

A OLIVEIRA (A Sabedoria)
Ama o sol, de sentimentos quentes e ternos, razoável é uma pessoa equilibrada, evita agressão e a violência, tolerante, alegre, calma, tem um sentido desenvolvido para a justiça, sensível, empática, não conhece os ciúmes, lhe encanta a leitura e a companhia de pessoas sofisticadas.

A NOGUEIRA (A Paixão)
Implacável, é uma pessoa estranha e cheia de contrastes, não é egoísta, agressiva quando precisa, amorosa, nobre, de horizontes amplos, de reações inesperadas, espontânea, de ambição sem limites, pouco flexível, é uma companhia pouco comum, nem sempre agrada mas é admirável, comum gênio estratégico, muito zelosa e apaixonada, não se compromete se não conhece.

A FIGUEIRA (A Sensibilidade)
Muito forte, é uma pessoa pouco voluntariosa, independente, não permite as contradições ou discussões, ama a vida, sua família, as crianças e os animais, um pouco volátil socialmente, bom sentido do humor, tímida mas um pouco extrovertida. Gosta da ociosidade e da preguiça tem um talento pratico e inteligência. Pessoa muito sensual e atrativa ao sexo oposto. Grande elegância e porte.

ÁRVORE DE CASTANHAS (A Honestidade)
De beleza incomum, não deseja impressionar, com um desenvolvido sentido de justiça, vigorosa é uma pessoa interessada, diplomática de nascimento, se irrita facilmente e é sensível com companhia, muitas vezes por insegurança em si mesma, as vezes atua com sentido de superioridade, se sente incompreendida, ama uma só vez, tem dificuldades para encontrar seu parceiro.

ÁRVORE DE CINZAS (A Ambição)
É uma pessoa excepcionalmente atrativa, vigorosa , impulsiva, exigente, não se importa com as criticas, ambiciosa, inteligente, cheia de talentos, gosta de jogar com o destino, pode ser egoísta, muito confiável e digna de confiança, amante fiel e prudente, algumas vezes o cérebro controla o coração, mas assume suas relações muito seriamente.

ÁRVORE DE FAIA (A Criatividade)
Tem bom gosto, se preocupa com as aparências, materialista, organiza bem sua vida e sua carreira, é uma pessoa econômica, bom líder, não toma riscos desnecessários, é razoável, esplendida companheira de vida, gosta de manter a linha (dieta, esportes )

ÁRVORE HORNBEAM (O Bom Gosto)
De uma beleza muito franca, se preocupa por sua aparência e sua condição econômica, de bom gosto, não é egoísta , vive de forma mais cômoda possível de maneira razoável e disciplinada, busca bondade e conhecimento em uma parceira emotiva, sonha com amantes incomum, aos poucos é feliz com seus sentimentos, desconfia da maioria das pessoas, nunca está segura de suas decisões, muito consciente.

ÁRVORE DE LIMAS (A Dúvida)
Aceita o que a vida lhe dá de uma maneira muito complexa, odeia brigar, o estresse, e o trabalho, mas não gosta de preguiça e da ociosidade, é suave e sabe ceder, faz sacrifícios pelos amigos, tem muito talento, mas não o suficiente tenaz para explorá-los, se lamenta e se queixa um pouco, é uma pessoa muito zelosa e leal.

ÁRVORE DE MAÇÃ (O Amor)
De contexto leviana, muito carismática, é uma pessoa chamativa e atrativa, de uma aura agradável, aventureira, sensível , sempre apaixonada, quer amare ser amada, companheira fiel e terna, muito generosa, de talentos específicos, vive o dia a dia, filosofa despreocupada com imaginação. Totalmente distraída.

ÁRVORE DE OLMO ( A Mentalidade Nobre)
Figura agradável, bom gosto em se vestir, de exigências modestas, tende a não esquecer os erros, alegre, gosta de mandar porém não obedece, é uma companhia honesta e fiel, gosta de tomar decisões pelos demais, de mentalidade nobre, generosa, com bom humor, prática.

ÁRVORE ROWAN (A Sensibilidade)
Cheia de encantos, alegre, da sem expectativas de receber, gosta de chamar atenção, ama a vida, as emoções, não descansa, e inclusive gosta das complicações, é tanto dependente como independente, tem bom gosto, é uma pessoa artística, apaixonada, emocional, boa companhia, não esquece.

O CEDRO (A Confiança)
De uma beleza estranha, sabe se adaptar, gosta do luxo, de boa saúde, não é uma pessoa tímida, não gosta de ver muitas pessoas, é segura de si, tem determinação, impaciente, gosta de impressionar os outros, tem muitos talentos, criativa, saudavelmente otimista, e vive na espera do único e verdadeiro amor, capaz de tomar decisões rapidamente.

O CIPRESTE (A Felicidade)
Forte, adaptável, toma o que a vida tem para dar, é uma pessoa satisfeita, otimista, aspira dinheiro e reconhecimento, odeia a solidão, é uma companhia apaixonada e sempre insatisfeita, fiel, se altera facilmente, não é dócil, e desinteressada.

O PINHEIRO (O Particular)
Encanta a companhia agradável, é uma pessoa muito robusta, sabe fazer sua vida algo confortável, muito ativa, natural, boa companhia mas nem sempre amistosa, se apaixona facilmente mas sua paixão se apaga em pouco tempo, se rende facilmente, se decepciona de todo até que encontra seu ideal, é de confiança e de caráter prático.

O ROBLE (A Valentia)
É uma pessoa robusta da natureza, valente, forte, implacável, independente, sensível, não gosta de mudanças, mantém seus pés no chão e gosta de ação.

O SAUCE LLORÓN - SALGUEIRO CHORÃO (A Melancolia)
Uma pessoa bela mas melancólica, atrativa, muito empática, ama as coisas belas e tem bom gosto, ama viajar, sonhadora sem descanso, caprichosa, honesta, pode ser influenciada mas é difícil para conviver, exigente, perfeccionista, boa intuição, sofre no amor mas as vezes encontra apoio em sua companhia. Por ser um gênio estratégico as vezes gosta de mentir, é bastante amigável.

segunda-feira, 23 de junho de 2008

Imobilidade

Acho que a febre da gripe e as saudades de voces, somados a divisão que meus sentimentos me impõem, de querer estar próxima de todos voces, que não estão próximos entre si, em residencias,( por necessidades profissionais e até mesmo pessoais),está congelando meus neurônios, afetando minha vontade, deixando-me sòmente a mercê de desejos que por estarem contraditórios, criam um campo vetorial com forças que se anulam. Para onde vou? Sei que aqui não quero ficar. Então não me movo mais, não saio de casa nem para atender às necessidades de manutenção da casa, não ultrapasso o portão, só se for para sair desta cidade, para ir ao encontro de um de voces. E o que fazer em relação aos que não querem sair daqui,e que não consigo visitar por morarem na cidade? talvez seja mais fácil vê-los se eu vier de fora...
Preciso encontrar um epicentro, de clima frio, para as minhas emoções, um ponto de partida neutro para atenuar saudades, um jardim fixo de onde possa me dirigir aos jardins que amo e para onde sinta desejo de voltar. Se não, acabarei com a síndrome da Therezinha, imóvel, desistente e talvez até amarga.

segunda-feira, 16 de junho de 2008

Evolução das espécies

É tão deprimente ver o que os humanos estão fazendo com seu habitat, com seus companheiros dessa jornada planetária, tanto os de outras espécies, ramos, reinos, como com seus irmãos de espécie e até os irmãos de família genética, parentais. Como não consigo crer numa forma de apocalipse bíblico, pois entendo esse grande livro como metafórico ou quem sabe obra meramente literária, como outros grandes livros da história do homem, que fundamentam regras morais propondo um principio ético, como o Mahabharata, a Teogonia de Hesíodo, o Popol-Vuhl, entre outros menos lembrados mas não menos importantes como fundantes de modelos de pensamento e cultura, só posso tentar compreender esse momento da história de Gaia como uma crise de sobrevivencia da especie e que como outras grandes crises promoveu a divisão de uma em mais espécies de acordo com suas aptidões e mutações. Vejo esta condição de uma espécie primata "com polegar opositor e telencéfalo desenvolvido" se transformando em mais espécies como o momento em que nos distanciamos evolutivamente dos que evoluiram como chipamzes, bonobos,gorilas...Seremos mais de um sapiensqualquercoisa. Esse é o fim de nossa era e o inicio de outra existindo na Terra. Kunh, teórico de filosofia da ciência, apontou para a condição de mudanças de paradigmas nas ciencias decorrentes de grandes crises. Ora, vivemos uma grande crise, grandes mudanças se fazem necssarias e como Kunh demonstra, são inevitáveis. Quem sabe não será essa a mudança que nos espera, que é a condição apontada por várias profecias para o fim dos tempos. O fim, calendário Maia, João, Nostradamus . è o fim do que conhecemos. E, na linha do tempo, com um fim coincide um reinicio. Como gostaria de viver muuuuuiiito para apreciar os próximos séculos. Porque percebo, na humanidade, já hoje, características quase que suficientes para mais de uma espécie.
PS:Assistam novamente ao vídeo "ilha das Flores" sempre é bom lembrar quem somos, como espécie.( Mais do que em "quem somos nós" Êste é para talvez ver quem seremos.


Mudei a foto que está na abertura do blog. Sai esta:

sexta-feira, 13 de junho de 2008

dia dos namorados

Passeando por blogs alheios nos ultimos dias, fiquei impressionada com a importância que as pessoas dão ao dia dos namorados. Não percebem a questão puramente comercial? porque estão tão alienadas? eu presumo que, por terem um blog façam parte de uma elite cultural e econômica, de uma elite social, de uma "aristocracia brasileira". E aí estão, usando um espaço que eu pensava que fosse para esclarecimento, com lamúrias do tipo "não tenho namorado hoje..." Então fico pensando...
Essa angustia, essa sensação de incompletude que amarra os humanos, venda seus olhos, esse atavismo tribal, que faz com que busquemos no outro algo que não conseguimos encontrar em nós mesmos, que faz com que criemos deuses, rituais, congregações associações, que faz com que seja indispensável um namorado, principalmente em certas datas criadas para produzir ou acentuar êsse efeito, essa carência artifialmente produzida... O que é isso que nos impele à busca compulsiva do outo para que seja consumido, que se torne parte de nós. O que nos impele às redes, orkut, blogs e até às mass-medias. Ficamos com televisões, rádios e todas as novas tecnologias permanentemente ligadas. Buscamos na "informação" o que nos falta na alma. Confundimos os "meios" com os fins. Que 'negação de si' faz com que seja indispensável o encontro com o outro. Nosso olhar busca incessantemente nossa completude fora de nós mesmos. E quando encontramos algo que consideramos digno de nós, queremos absorvê-lo de tal forma até que ele deixa de existir tal com era.. Antropofágicos que somos. E permanecemos incompletos, ansiosos por algo que não chega nunca pois nada nunca nos basta, fora de nós mesmos. Oramos, clamamos,que um deus olhe para nós, enquanto nós mesmos não nos olhamos. Para o nosso interior; medo de quais horrores poderiam estar aí ocultos? Mas o que é mais provável é quais maravilhas nos compõem e que perdemos, enquanto vestimos fantasias para atrair olhares, lançamos iscas, falsas , para que se aproximem de nós, enquanto nos ocultamos de nós mesmos. Escrevemos em testes de personalidade que odiamos hipocrisia, que a melhor característica é a sinceridade. Pois aí está! Busquemos ser sinceros para com nós mesmos. Que isso seja uma prática cotidiana, um exercício. Que o cuidar de si, mais do que unhas pintadas, e outros dispendiosos recursos para a beleza, seja tambem o encontro com nossa essência, para o atingimento de um estado de bem-estar que pode ser chamado, até, de felicidade.
Em segundo lugar, bem vou deixar para depois.

Nas Madrugadas

Acredito que seja uma consequencia da idade , ou um condicionamento de tantos anos, ou as duas coisas e mais algumas outras, como apnéia,e a agitação motora que me faz cair da cama -é sério, quando falo para vocês, não acreditam. A questão é que acordo várias vezes durante as madrugadas, e ai a mente fervilha de pensamentos, angustias, duvidas, preocupações e o sono custa a voltar. Já a muito tempo uso esses momentos ( um momento é curto, melhor dizer êsses períodos ) para escrever. Naqueles meus cadernos que se acumulam pela casa, agendas não usadas, no verso de correspondencias recebidas, sobre essas mesmas angustias, preocupações,dúvidas e até, porque não, relatos do dia ou semana ou periodo. Depende do tempo que demora para sentir o sono novamente. E, frequentemente ao apagar a luz, surgem outras questões e especulações.
Assim vou levando a vida. Quando eu passar desta para outra, quem gosta de fogo pode se divertir com uma enorme fogueira ecológicamente incorreta, ou encaminhar tanto papel para reciclagem. Como onde escrevo já é reuso do papel, somando tudo, salvo alguma árvore. Diminui a relativa inutilidade de minha existência. Pensando: porque acho que tudo é relativo e tenho dificuldades filosóficas com o tal relativismo? qualquer dia ou madrugada devo ir mais fundo nessa questão.
Essa mudança de onde escrevo e a abertura para eventuais leituras é que é a novidade.Quanto ao papel, quero imprimir tudo aí só que não sei como imprimir em reuso ´de papel. Vou investigando até encontrar a solução.
Bem, o galo está cantando, o canto do amanhecer.Hoje êsse sinal está me dando sono. Costuma ser o sinal para passar às atividades diurnas. Mas o bom da aposentadoria é êsse relativo (olha aí de novo) descompromisso. Essa liberdade para estar mais próxima de atender aos pequenos desejos- dormir quando se tem sono e não quando o socialmente correto determina. Sempre fui de uma ética meio kantianna sobre o dever ou como Nietzsche classifica, "camelo". São quase seis horas da manhã. Vou ser "criança". Vou dormir...

quarta-feira, 11 de junho de 2008

ilustração

A vingança das galinhas

Passamos um "perrengue"...Eu e Vanessa.Tamyres escapou ilesa. Pois é, mais de 24hs de rainha (do "trono" para a cama e vv.) e acompanhadas do raul( raouwl) Putz. A pobre coitada nem pôde ir à aula...e como consequência de êrro alimentar. Voces sabem que nós duas não ingerimos carne vermelha tem um bom tempo. Eventualmente frango e habitualmente peixes, com a grande preferência para vegetais... Daí que ela resolveu fazer um cachorro-quente de salsicha de frango, acho que talvez influenciada pelos odores da temporada de festejos juninos, não sei. Sei que o efeito, após o prazer de saboreá-los, pois estava gostoso, foi catastrófico. A causa, não sei. se foram agentes químicos, biológicos ou psicológicos. Químicos, por não estarmos habituadas à ingesta de certos conservantes, ou hormônios ou sei lá que produtos são adicionados à ração dos bichos e aos derivados alimentares. Biológicos pelas mesmas razões citadas anteriormente e pela possibilidade de contaminação por bactérias, desenvolvimento de fungos, etc. Ou psicológicas, pois sabendo como são criadas e abatidas as aves, sentimos culpa em transformar nosso corpo em sepultura para animais (valeu, Mestre Leonardo, o Grande), e talvez pelo nome da iguaria: "cachorro..." A Tamyres, por ser omnívora convicta , tem seu organismo corporal adaptado para a sobrevivência em tais condições adversas. O que não deve ser um argumento a favor do abate cruel de animais, viu. ( Querida Patricia, desculpe-me, mas são minhas convicções adquiridas pelas experiências da vida, pois nem sempre pensei assim. Na juventude eu era muito parecida com você). Continuando: a consequencia dolorosa, pois acompanhou um quadro de muitas cólicas, aponta, pelo menos para nós, para a necessidade de não transgredirmos, em nossas ideologias, crenças, convicções, buscando sempre um aprendizado maior e mais fundamentado.
A propósito, eu já contei que nossos dois peixinhos, remanescentes no aquário, pelo tempo de convivência ja têm códigos para pedir comida, quando se está distribuindo a ração para os amigos cães? E eu ainda me alimento de outras espécies de peixes...

domingo, 8 de junho de 2008

Uma Infância Feliz


O Vô Miguel sempre dizia "sossega,menina, parece que você está com o bicho carpinteiro". Nunca sosseguei e nunca descobri o que era êsse tal bicho. Bicho-do-pé,conheci -"bota o tamanco, menina", bicho-de-fruta, de goiaba, de pêssego, de ameixa, tambem. "Desce da árvore, menina que vou chamar tua vó, olha o chinelo". Aí que subia mais ainda, que não sou boba, para o chinelo na mão da vovó não me alcançar. E, pior, ainda arrastava as primas mais novas (pouca coisa mais novas, tá). Argumentos para isso, na verdade, não eram necessários. Era só ir primeiro. Infância com jabuticaba, amora - "pra ver quem você namora", assistir jogo de bocha dos adultos, à noitinha, futebol no campinho aos domingos. Campinho da vila, da família e de uns poucos vizinhos desde sempre que eram pràticamente família. Festa junina, no campinho, com direito à fogueira, bandeirinhas, barraquinhas. As tias e vizinhas - porque naquele tempo uma coisa era uma coisa outra coisa era outra coisa. Tia é tia ,amiga é amiga, com o maior respeito, dona Julia, dona Lourdes...Mas as mulheres da vila faziam o pé-de-moleque, cocada, queijadinha e até quindim. Alguem fazia quentão. Se estava frio e era quentão porque não podíamos beber? "criança toma chocolate". "Sai de perto do fogo, senão faz xixi na cama". Batata-doce assada na fogueira, preta que nem carvâo, difícil de achar, tanto, que muitas vezes só no dia seguinte, entre as cinzas e brasas restantes. Íamos cedinho,antes dos outros. Quem eram os outros? mania... Os "grandes" podiam pular fogueira, por que nós não? éramos mais espertas, sabíamos disso...Caixote de pescaria, bola de meia na pilha de latas, prendas pra valer,o porquinho-da-india perdido no círculo entre as casinhas- nunca entrava na minha, por que?
Eu e as primas éramos mais espertas do que os adultos (?!?!) Sabíamos entrar no caramanchão trancado da vovó, ver os peixinhos do tanque, achar joaninhas, incomodar os grilos, seguir as formigas, achar as cigarras... "se quebrar as samambaias o chinelo vai cantar"- nunca cantou. Colhíamos verduras na horta, que a vovó pedia, pegávamos ovos no galinheiro, sabendo que ia ter bolo à tarde. Tomávamos banho
na caixa d'agua, escondido, é claro, lá no alto, onde chegávamos subindo na árvore e atravessando por um galho. Grumixama, fruta-do-conde, pitanga, caqui. Nunca nos deparamos com "a cobra escondida nas bananeiras" onde moravam e faziam ninhos patos e marrecos,e às vezes alguma galinha esperta, fugida, e nem encontramos o Bicho Papão. Êle que tinha medo de encontrar a gente. "Sossega, menina, você é da pá virada". Desvira, ué...

quinta-feira, 5 de junho de 2008

Hoje tem sol

Não sei porque hoje o sol parece triste...não dá nem para olhar pois tudo que êle toca, em tudo que brilha, fica triste tambem

quarta-feira, 4 de junho de 2008

André de moto

O vídeo abaixo é uma edição que Andre fez das imagens de suas andanças de moto pela Bolívia, Chile, Argentina.( Atacama, Uyunes, etc) Só demais!...

coisas que o 3 faz

Putz

Os ídolos têm pé de barro e um acaba de ruir. Pessoas que dizem amar seus animais e são capazes de mutilá-los severamente, para preservar um certo direito ao comodismo. Escolher animais de estimação implica em aceitar responsabilidades.Maiores, porque eles te amam incondicionalmente, mesmo quando gravemente traidos ou feridos pela mão que afaga.
Não sou romântica, nem poeta, Pragmática demais. Quem dera que as palavras me fossem servis...talvez não houvesse essa sensação de incompletude, essa angústia. Mas não! elas são rebeldes, me fogem, correm, permitem-me entrevê-las, só para me provocar e se escondem, entregam-se a outros. Mas eu insisto! Cortejo-as! Estudo-as e, embevecida, me prostro a contemplá-las, mistérios que são, cada uma delas e maior ainda quando estão juntas. E me perco nas delícias que contém, que portam, que transportam...
Ah! as palavras... De todo tipo as encontro. Deliciosas, gentis, furiosas, malvadas. Cínicas, cruéis, doces. Absolutas ou metafóricas. Muitas roçam como carinhos, algumas deslizam,outras ainda só cumprem funções.
Quem me dera me considerassem amiga...
Hoje o vento compareceu. E intenso, ruge . As árvores balançando-se, gemem de prazer, úmidas que estão pelas chuvas recentes e, sob aplausos estrondosos dos portões da vizinhança e até de alguns telhados, dançam, exibindo novas formas, libertando sementes, libertando parte de suas roupagens, que voam como se êsse fosse seu destino. Eu, presa ao chão, só posso olhar...

terça-feira, 3 de junho de 2008

Ai! fiz outras viagens por blogs alheios. Sei que são para isso, mas me sinto bisbilhotando. Fofoqueira, olhando pelas janelas só porque estáo abertas. Um desconforto por estar invadindo outras vidas, mesmo que expostos estejam só o que querem que se veja.Voyeurismo, às claras. E, pior, este aprendizado de tambem me expor, como se fosse possivel sair da mata sem consequencias, que muito provàvelmente, por serem irreversíveis, entendo como danosas. Ai, chega a doer este esforço de olhar e correr o risco de ser olhada. Existem correntes de comportamento que afirmam que correr riscos faz bem . Hoje estou com medo. E passeei por lugares lindos: a solidão das mulheres poetas, de Sandra Fonseca, A Rota da Hortencias, Apoena, o ente do ser, outros ainda que não consegui voltar pois nem me lembro po onde andei. Lições de humildade, para quem sempre é muito crítica - talvez isso que tenha feito com que me esconda na mata metafórica, pois meu maior alvo sou eu, e de onde estou, pouco vejo
Puxa, alem de alguns erros de digitação o texto ainda ficou meio confuso,mas como primeira experiência, tenho que ser condescendente, já que seria, ou, sou com os outros.
Sergio Amadeu (samadeu) e a TV cultura são os responsáveis por tudo isso.Porque depois de assistir à reprise de um debate e favoràvelmente impressionada por seus argumentos, pesquisei quem é. E como falara em blog, blog, etc, resolvi afinal ver do que se tratava.Ñão que já não houvesse escutado o têrmo e obtido algumas informações, mas não "salvei". A partir dêle, então, comecei a vagar por blogs, linkando, alguns muito bocós, outros muito bons, alguns davam até a impressão de que alma gêmea existe. E aí pensei, por que não? A decisão! E eu, que sou infoanalfabeta, excluida digital, porque com muitos filhos (proletaria) e poucos sistemas no lar, para dar espaço aos numerosos filhos - numerosos demais para a pós modernidade- mas também muito,muito amados, decido criar um blog. Não sei nem criar pastas, salvar, ou armazenar fotos, menos ainda recuperá-las dos arquivos ou transferi-las. Não sei incluir anexos em e-mail. Para tudo isso usava a tecla...ops, o grito "filho(a), me ajude nisso" ao que estava disponível. Bem, em frente a um Desk antigo, que serviu a várias pessoas e agora foi posto de lado, começo, via google, fazer um blog! Faço, na verdade um semi-blog, ja que alguns problemas estão sem solução. Ou, pior, dois semi-blogs, de mesmo nome e endereços diferenciados por hifen. Se alguem quiser saber como isso foi acontecer, posso tentar explicar.Perguntem.
Agora resta saber o que fazer neles, ou com eles.Minhas fotos? São tão lindas- eu acho, mas pouco criativas em relação ao que se faz em fotografia. Textos? Putz! Todo mundo já escreveu tudo sobre tudo! Puxa vida! Vou blogar para mim mesma. Versão cyber de "querido diário..."
PROCURO UMA CLAREIRA, UMA OCARA, UM ESPAÇO, PARA ENCONTROS E TROCAS

BEM VINDO !

AQUI SEGUEM OS RELATOS DAS MINHAS AVENTURAS E DESVENTURAS, SÒZINHA OU COM MINHA FAMÍLIA ONDE MUITOS NÃO GOSTAM DA MATA OU DE MIM.

Reinício em 11/02/2011