quinta-feira, 28 de janeiro de 2010

Privilégios, ou crime e castigo?


Ontem acordei com os sons da natureza, saio da casa, vejo um amanhecer, privilegiadamente. Vento forte, como gosto. Cirrus e cúmulos, de rosa chegam ao dourado. Temperatura ideal. Sons de pássaros despertando, iniando a labuta. A lua, cheia, atenta, contempla.


Antes, à noite, permaneci horas deitada numa rede, ouvindo as cigarras e grilos , o vento forte nas árvores, enquanto contemplava a lua e seu brilho no mar...embalada pelo rumor das ondas.
E ainda, para estar lá, corri por algumas esplendidas rodovias brasileiras. E por algumas nem tão boas. Mas mesmo assim, viajar é bom. Muito bom.
Acontece que tinha por companhia também ELA. Que me atormenta, assusta pelo volume de recordações que desperta, tira minha calma, acelera a respiração. Não, não se trata de amor, mas de seu complemento. Aquele sentimento que diverge do amor, com tênue limite. E que recuso-me a nomear. A ausência da palavra talvez afete o sentimento. As recordações são todas ruins. Um enorme desconforto todo o tempo, a ponto de interferir sèriamente na perspectiva do prazer. Mais ainda da alegria. Felicidade, então? Eu passo toda a minha vida brigando com a natureza porque quero acreditar que a felicidade é possível e obrigatória. Mas não consigo abstrair-me ou melhor, livrar-me dessa contrapartida. Tá, essa questão da dualidade presente no Universo blá blá blá está p'ra lá de batida, mas mesmo assim preciso encontrar o caminho que quero percorrer. Eudaimonia.
Depois fui caminhar pelas redondezas.

Fim do Mes


Caiu a ficha: é ano novo mesmo, cheio de novidades, pelo menos passará mais rápido que os anteriores, é sempre assim, e muita coisa que esta desorganizada será arrumada, outros problemas e conflitos surgirão, outras soluções, e dentro de um ano como será que estarão as coisas e as pessoas?

Daí que torno pública agora minha resolução de ano novo : Tornar-me, de novo, autosustentável.
Isso vai modificar os indices de auto estima. Voltar a trabalhar depois de aposentada por tempo de serviço contado,( e mais o tempo que não pode ser comprovado) , vai fazer com que me sinta uma babaca, explorada pelo sistema, auto estima fortemente negativa)

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Dos cadernos


Nesses dias em que queria conversar comigo mesmo, voltei aos meus cadernos. Algumas vezes escrevo querendo eventualmente "ouvir" comentários, sem entonações, sob meu contrôle, de quanto eu aguento, etcétera, daí o escrever em publico, nestes blogs. Dialogar ao vivo ? Penso que fiquei lesada com a vida vivida, tenho medo de cara feia e de voz alta. Então, escrever em qualquer lugar onde, logo ou nem tanto, eu leia, releia, perceba com certo distanciamento, meus erros, meus limites, meus acertos e até algumas coerências é criativo. E, as vezes, estas conversas se dão solitárias, ensimesmada, as reflexões vagam lentamente, não dão forma a nada ou saem poesias dos pensamentos de quem não sabe poetar, e daí os cadernos. Muitos mesmo. Espalhados, enquanto escondidos, em diversos lugares de minha vida. Muitos queimados, totalmente destruidos, porque seu conteudo incomodava, ora minha mãe, ora um dos "companheiros" que escolhi na vida. Más escolhas...Mas isso é outro assunto. Afinal, de alguma forma, mesmo daí coisas boas surgiram. E de cadernos que ficaram na casa e dos que deixaram fragmentos na memória, além da poeira acumulando mais intensamente do que seria tolerável, tiro algumas vezes lições de mim para mim.

domingo, 24 de janeiro de 2010

1 mes !

POW! BUUUMM !!!

BANG !!!

OOPSS! São fogos, comemoração por ter resistido muuuuito mais do que imaginava.

VIVA SANTA VANESSA!!!!

sábado, 23 de janeiro de 2010

Eu, que sempre pautei a vida recusando-me ao comum, ao ordinário, de repente tornei-me um clichê.

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sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

aiaiaiai...


Coisa rara, eu estar em algum lugar sem desejar movimento. Sem querer voltar para dar uma passada em casa e seguir para algum outro lugar. Estou aqui, na casa do André, onde me sinto imensamente à vontade, eu que sempre detestei calor, acostumei-me, em tres dias a derreter e até gostar disso. Eu que sempre detestei água fria, seja no mar ou em cachoeiras, (costumo amar contemplar, jamais entrar), tenho entrado no mar, penso até em aprender a surfar. Lógico que já vim aqui outras vezes. E a sensação é a mesma, porem cada vez mais forte. E nas duas últimas, meu poderoso carro-velho quebrou no caminho. Acho que ele também não quer voltar para lá. Bem, conformemo-nos, eu e o carrão, pois falta agora muito pouco para uma mudança definitiva. Assim espero, desejo e tenho providenciado, Amem.

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Gente lesa gera gente lesa

(hshshs - Li no orkut do Marzano e ri muito)

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sábado, 9 de janeiro de 2010

Crônica sobre o quase nada


Sábado com sol e vento. Os sons habituais da vizinhança urbana, das ruas e da mata ao fundo da casa. O de sempre: carros e caminhões, crianças gritando em seus folguedos, bem-te-vis,sabiás, cambachirra, outros que não identifico, nem o som, nem a ave, apenas ouço e me deleito. Cigarras, grilos, sou uma privilegiada na vida. Mesmo os momentos de dor ou angustia, mesmo os grandes desesperos, foram até agora superados e tiveram alguma contrapartida. Deixando sequelas, é claro, algumas imperceptíveis, outras bastante graves, determinantes de quem me torno, com certeza. Pois é assim que venho crescendo, aos solavancos. Ah! não, a imagem que me ocorre não é uma senoidal, não há suavidade nas transições entre os extremos alcançados pela linha traçada, apenas transições súbitas, abismos, penhascos, despenhadeiros. Talvez por isso eu goste tanto de montanhas, espelho-me nelas, metáforas de minha vida. Tanto como Sísifo, as vezes Prometeu, outras, o Eremita; buscando a sabedoria, tentando alcançar Zaratustra, ora apenas uma caminhante. Sinto em suas faldas, as certezas que procuro e sei que não existem, e que se desprendem, rolam, como as rochas sob pés descuidados. Talvez por isso eu não encontre meu lugar, meu lar, não consiga fazer minha casa, me prendo, sem raizes, com gavinhas, e rompo, e sigo, e volto...
Não posso fugir pelas estradas, estou presa... a meu passado, a meus ancestrais, às minhas incertezas. Estou exclusivamente comigo mesma, sem disfarces, sem linhas de fuga, sem rotas de fuga, com linhas de rugas, mas não deveria ser sempre assim? Isso não deveria produzir lágimas ou dor! Tudo é temporário, transitório e, paradoxalmente, permanente e definitivo. O que voce se torna, as pegadas que voce deixa, como a sua historia e marcas deixadas na vida, nos outros, acabam se apagando. Vou me diluindo na imagem que produzo de mim. E quem sabe encontre alguma tranquilidade ou certeza.

terça-feira, 5 de janeiro de 2010

TAO


Não há dúvidas que o Universo mantem um estado de equilíbrio dinâmico, situando-se precària e firmemente entre os extremos, a dualidade, o yin/yang.
Estou em uma fase onde parece que o ... universo conspira contra mim. - onde escrevi universo, com minúscula, pensei em: criador, controlador, artesão (o grande), Princípio, - não encontrando um termo para a IDEIA, mas com certeza, algo no fundo de minha razão, mente, alma, rejeita o acaso como causa. Sim, porque no meu mundo, tudo deve ter uma ou multiplas causas. Aristotélico? Talvez. Ou, certamente! Mas é como sou capaz de perceber o mundo. Ou como fui treinada. Mesmo nesta fase, onde isso, um Inominável e Incompreensível está conspirando para testar meus limites, quem sabe levar-me algum outro estado de percepção, conhecido como loucura ou uso/abuso de drogas lícitas como ansiolíticos e antidepressivos... ihrc/esconjuro . Confio, (e nem sempre) que vou dar conta, afinal construi para mim um sistema de crenças que me ampara e até conforta, mesmo mantendo sempre uma postura crítica, talvez fundada numa ausência de fé. Então, creio na ÉTICA como movente ideal. Mas que algo conspira contra minha tranquilidade, isso é verdade. Poderia enumerar aqui, em longa lista, a sequência de circunstâncias que tem me envolvido, mas tenho tentado não falar muito do ruim, do mal. Existe uma expressão no conteúdo de uma doutrina que conheço, que diz que se deve evitar o "correio da má notícia", que é na verdade mais do que isso, trata-se de espalhar fofocas, mas trata também de divulgar e fazer crescer o mal através da divulgação dos atos maus. Como um fermento.
Aceitação com certa tranquilidade do que tem acontecido? Tá, pois eu não fui à Devon, à Findhorn, Escócia E Grécia? Um presente desses, traz consigo uma necessidade de compensação, de ponha-se no seu lugar, não perca a Concentração e, menos ainda, a Atenção. É necessário o equilíbrio. Então tá bom!

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PROCURO UMA CLAREIRA, UMA OCARA, UM ESPAÇO, PARA ENCONTROS E TROCAS

BEM VINDO !

AQUI SEGUEM OS RELATOS DAS MINHAS AVENTURAS E DESVENTURAS, SÒZINHA OU COM MINHA FAMÍLIA ONDE MUITOS NÃO GOSTAM DA MATA OU DE MIM.

Reinício em 11/02/2011