Vê-se no meio do canal a coluna e o Anjo? Mal se delimitam seus contornos, como mal se percebem os limites entre o fim e um recomeço. Distinções obscuras, conceitos indistintos. Quando conheci este anjo, a coluna em que se apoia estava inclinada. Uns anos depois inclinara-se muito mais, mais do que qualquer torre famosa, menos do que meu orgulho ou amor proprio posteriormente. E então, décadas após, quando eu já imaginava que o Anjo caira, não do céu, como aquele outro, o famoso, com nome de Luz, em meio a tanta imagem de destruições ou desfigurações que encontro ao rever ( re?) algum lugar que conhecera. Morando há um ano bem perto dele, agora crio coragem , vou a sua procura e alí estava, corrigida sua inclinação, impedida sua queda.. Mas as minhas, não houve como impedir. Estrepitosas, desesperadas, exageradas.
O recomeço que me proponho não pode ser um renascimento. É impossível. Trata-se do que então...de uma perda ou abandono de uma parte de mim, de uma desistência, mais do que de novos propósitos ou projetos. Estes, acabam interpondo-se pelas próprias ondas da vida.
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