Se difícil é entender o que estou sentindo, parece-me impossível explicar. Mas quem sabe esta tentativa ajude-me a chegar perto de respostas.`
Pensava estar tranqüila em relação a isso, afinal, não se perde o que não se tem, e há muito tempo sentia-me órfã de mãe. Acontece que quando da morte material dela, morreram comigo esperanças que eu mal intuía possuir e sequer alimentar, de que um dia essa realidade fosse revertida, um dia, acordariamos com a consciência de que eu precisava ainda dela, não pelo hoje, mas para preencher, mesmo com atraso, um imenso vazio em meu coração. E nesse dia milagroso, eu poderia entender muito do que sou. Mas acabou. Repentinamente sou colocada ante a realidade de que conto comigo. Com os filhos(as) também, certamente, mas estes são galhos, folhas e até frutos. Eu, um tronco com raiz fraca e que agora e como sempre foi precisa sustentar-se de pé pela sua força exclusivamente ajudada pelo equilíbrio dos ramos, mas sem nada anterior a mim.
Contraditório, aparentemente ao que minha razão aponta, da necessidade de compreensão do menor, do mais fraco, que no caso seguramente não sou eu, embora tão fraca a ponto de cometer tantos erros. Mas tão forte ao ponto de exigir de mim muito, muito mais do que exigi de outros.
Mas não me lembro de jamais ter-me sentido tão só e por isso também muito triste.
Um comentário:
Força e paz no coração, mãe e vovó!
Um beijo!
Celina e Helena.
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