segunda-feira, 17 de maio de 2010

O Papa em Portugal



ou, reflexões enquanto me transporto em alta velocidade por rodovias fluminenses.

Saí de casa ainda sob influência de uma série de questionamentos que li em blogs de colegas de lá de Portugal ou no facebook, sobre as providências tomadas quanto da visita do papa Católico e o que isso representou em termos de gastos públicos, alterações da ordem social, desconfortos, transtornos pessoais, etc, e como legítima representante do grupo que considera a instituição que se diz Igreja Católica um dano a humanidade, fundamentada no que nos conta a história, minha primeira vontade era comentar algo como " porque os católicos e o próprio Vaticano não arcam com estes custos", "porque fazer com que um estado combalido em suas finanças custeie, com recursos que poderiam, de alguma forma promover o bem estar social", e coisas do estilo. Adorei a expressão " Papaeuros". Mas abstive-me de comentar, afinal, nem sequer conheço Portugal e as poucas pessoas de lá com quem troco ideias acabam sendo selecionadas por alguma afinidade de pensamento, o anticlericalismo, por exemplo. Não seria portanto de meu direito, intrometer-me em assuntos digamos, de ordem pessoal. Mas a ideia fermentava, e nada como poder refletir, e melhor ainda, espalhar " ...no ventilador" e estes espaços daqui, são o próprio "ventilador". Só que enquanto dirigia, pensava: afinal, quer gostemos ou não, trata-se da visita de um Chefe de Estado. Poderia ser visita do Obama, ou de qualquer dirigente que agradasse uns e desagradasse outros. E quem convida, paga. E neste caso, o convidado é o Chefe de Estado Imperialista, de um antigo e vasto Império, que perpetua-se desta forma, onde milhões de pessoas espalhadas por inúmeros países têm dupla nacionalidade, ou seja, são portugueses e católicos, ou...brasileiros e católicos, e o frenesi que isto causa, maior do que a visita de qualquer outro chefe de estado a um país onde existam muitos imigrantes daquela nacionalidade decorre da expectativa de que aquele Império Romano Católico Apostólico determine a "verdade" em que acreditam, como única para todos, livrando-os do desconforto da duvida. Assim, o Papa visita sempre seu Império, marca presença, delimita território. E apoia ou não políticas internas e externas ( dos outros), além de lançar véus que obscureçam seus problemas internos ( do Vaticano) e de seus representantes - embaixadores?- no mundo

PS: Mas o que fizeram, afinal, dos pombos? Foram presos e depois soltos? Ou exterminaram todos, inclusive as Pombas da Paz? E aquelas que vejo que usam para representar o Espírito Santo ? O Santo de Assis, o Francisco, concordou com isso ?

2 comentários:

Rafeiro Perfumado disse...

Psssst, a parte dos pombos já era eu a exagerar! ;)

Anônimo disse...

como chefe de estado que é, o espaço aereo estava controlado.
abraço do vale

PROCURO UMA CLAREIRA, UMA OCARA, UM ESPAÇO, PARA ENCONTROS E TROCAS

BEM VINDO !

AQUI SEGUEM OS RELATOS DAS MINHAS AVENTURAS E DESVENTURAS, SÒZINHA OU COM MINHA FAMÍLIA ONDE MUITOS NÃO GOSTAM DA MATA OU DE MIM.

Reinício em 11/02/2011