
Andarilhos são sempre cinzentos.
A sua frente e por onde passaram
ficou a trilha cinzenta, rodovia
como o rastro de uma lesma.
Grudaram na trilha, o infinito
na esperança de um fim.

Velhas chaminés,
antigas imagens
nestas paisagens,
falsos falos falidos
de um capitalismo
cinzento opulento
perpetuado perpetrado.

Colorem-se as pessoas,
colore-se a roupa,
deseja-se apagar com isso a miséria em que a terra se tornou.
(na estrada, em 31/05/2010)
.
2 comentários:
Colega, sumi do mundo virtual e eis que ao retornar a encontro poetizando lindamente...
Devo sumir mais vezes.
Adorável!
Abraço de duas asas!
Permita-me chamar-lhe Amigo. Já que voce está à vontade para entrar em minha casa pelos fundos. Quem não se mete a escrever versos na vida? E alguns, em algum momento os tiram da gaveta, outros ás vezes explodem em indignação e aparecem. Mas amigo " poetizando lindamente", francamente! Bajulação não entra em nossa amizade.
Virtual abraço real.
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