segunda-feira, 9 de agosto de 2010


Que culpa é essa que me pesa aos ombros, que me faz aceitar ser punida sem nem saber o porque...
Que medo é este que me arrasa, arrasta, dilacera, consome a alma e nem sei do que...
Que estranho sentimento faz com que eu vá aos poucos perdendo a razão sem tentar a redenção, a remissão ou o perdão...
Que espécie de ma fé, kafkaniana faz com que eu me permita ser enclausurada, torturada sem me rebelar materialmente...
Que perdão eu procuro e de quem, se nem sei o que fiz ou a quem...
Sei apenas o que já sofri encarcerada, humilhada, maltratada, espancada e mesmo assim não foi o bastante...
Que treinamento foi este que me impuseram, que odeio, e do qual não consigo escapar...
A mesma algoz de tantas fases da vida e no entanto dela sinto ainda uma maldita compaixão que não me liberta...
Será meu destino a loucura, a fuga do medo da culpa, o perdão que não me concedo, pela raiva que incorporo ao sentir seu olhar ou ouvir a voz...
Porque não encontro no meu passado com ela ao menos uma boa lembrança que torne suave o jugo...
Serão virtudes o que busco enquanto me perco em descaminhos de lágrimas e dor?

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Um comentário:

Dona Sra. Urtigão disse...

Postei este por engano, lá, no outro lado da casa. Quando percebi, trouxe para cá, ràpidamente e só depois vi que a amiga SAO tinha já feito um comentario, que eu ainda não havia moderado. Desculpe-me amiga, mas copiei/colei e trouxe para aqui seu comentário:
De SAO http://mariaconceicaobanza.blogspot.com/
1 – 1 de 1 Minha querida, eu compartilho esse doloroso grito... Minha querida, eu compartilho esse doloroso grito de alma.

Aguentei e suportei essa tortura durante quatro anos( no meu caso, a criatura que me pariu e a que eu pari aliaram-se contra mim).

Mas, graças a DEus, tive força para exercer o meu direito de defesa e coloquei a senhora num Lar com todas as exigências de dignidade.

Isso fez com que continuasse a não poder viajar até à morte dela. Mas não há dinheiro que pague a tranquilidade de consciência que tenho !

O meu apertado abraço solidário e fraterno, companheira.

PROCURO UMA CLAREIRA, UMA OCARA, UM ESPAÇO, PARA ENCONTROS E TROCAS

BEM VINDO !

AQUI SEGUEM OS RELATOS DAS MINHAS AVENTURAS E DESVENTURAS, SÒZINHA OU COM MINHA FAMÍLIA ONDE MUITOS NÃO GOSTAM DA MATA OU DE MIM.

Reinício em 11/02/2011