Tenho, como muita gente, começado a pensar no Natal. Parte porque antecipei por brincadeira com os meninos a montagem da decoração de casa. Parte por estar em um processo de mudanças aceleradas de vários aspectos de minha vida, o que promove necessidade de revisão de alguns modelos ao que estou aferrada tradicionalmente. Minha concepção crítica do que venha a ser esta festa quase puramente capitalista versus a 'integração em um espirito que move muita gente e que quando um componente de um grupo está fora', enfraquece o todo, está balançando mais do que nunca. Confuso ? É na real, o seguinte: não gosto do que é o Natal, mas faço Natal. decoração, festas, presentes, como boa consumista do mundo capitalista, economizando com compras de produtos comunistas. Hipocrisia total. Má fé. E aí fico estressada, né.
Então venho querendo usar este Natal para algo grandioso. Um perdão amplo geral e irrestrito...
ARGH ! EU AINDA NÃO CONSIGO !!!!!!!!!!!! Tenho pouquíssimos dias para conseguir esta espécie de Yom Kippur cristão em uma tradição que reinvento para mim mesma. Mas tenho tantos rancores justificados acumulados, tenho medo de ao afastá-los não conseguir sustentar-me. Porque são justificados, estão na base do que é uma atitude ética. Erraram feio, e pisaram na bola comigo e eu não lhes desejo mal... - tá uns dois eu ainda desejaria ver "justiçados" sofrendo o que fizeram sofrer - mas não estou preparada para o perdão de perto. Deveria, sabe lá o " astral" se este não é meu último Natal ? Alguns desta lista eu até gostaria de ter perto, trazer mais crianças à esta festa. Mas pensar no olhar que terei que enfrentar, me dá asco. Não sou capaz ainda. Me presenteio então, não concedendo o perdão, chá amargo, presente no fundo indesejado, porém útil no momento. Não sei, aquela fase difícil onde as condições passam a ter peso equivalente. De qualquer forma cada ganho acarretará uma perda, cada caminho escolhido afasta do outro caminho.
Mas comecei meu Festival de Dezembro no dia 30 de novembro, apesar de ter programado para dia 20, logo antes do Natal, no Solstício. Fui visitar, de repente, sem planejar, uma pessoa muito querida. e fiquei muito feliz em revê-la e relembramos as histórias, e lembrei-me dos ótimos natais de plantão em hospitais, comemorando com pessoas queridas como Silviinha.. E ontem, por acaso, assim, Tamyres e Vanessa ( Arthur in) aqui, fomos passear em uma praia nova que nenhuma de nós conhecia e almoçar num lugar que faz parte da nossa tradição festiva desde que frequentamos a região, antes de vir morar por aqui, daqueles lugares especiais, e de frente para o mar em Búzios, uma moqueca.... Hummm... Hoje tem mais festa , um dos filhos chegando, mais gente se encontrando.
Preparamos a decoração ,os netos se foram, voltaram para casa, trabalho minha dificuldade, o equívoco a que chamam solidão. Trabalho também cumprindo compromissos assumidos há muito, muito tempo, com os filhos, mas passeio, aproveito cada minuto de minha vida construindo felicidade.
Um comentário:
As fotos estão excelentes. E as reflexões me fazem refletir. beijo
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