quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

TIM TIM POR TIM TIM

Como voces nunca viram aqui.
O mea culpa, ou melhor,
"O castigo vem a cavalo ".
( quem tiver paciência ou curiosidade, leia até o final, mas seguramente não vale a pena começar. Estou só dialogando comigo mesma , que talvez fale depois.

Acabo de "levar uma rasteira" ou sofrer uma boa decepção - coloquei a palavra boa onde não soube decidir entre grande ou média, mas seguramente acima de pequena. Daquelas que me fazem chorar e ranger dentes, esbravejar e praguejar. Além de coisas que podem ser tidos como blasfêmias, na hipótese de "Êle" existir ( eu eu aí de novo discípula de Pascal ). Vou contar do quase princípio ao fim, duas histórias entrelaçadas (no eixo principal, já que forma tambem vários eixos secundários).

Historia 1
Vou ao comecinho, a partida, já após as voltas de aquecimento, quando eu me encontrava a cerca de 7 anos com um imóvel comercial compartilhado com um ex. e vazio, sem rendimentos e com custos e que êle sempre dificultou e até impediu qualquer negociação, porque òbviamente, para ele não fazia diferença. Seria só isso mesmo, ou intento em prejudicar por diversão ?Finalmente decido transferir a propriedade, que eu herdara de meu pai, para minhas duas filhas mais novas, que por terem sido adotadas durante nosso...(casamento?) -apenas em meu nome porque ele...não sei, não quiz? - mas que o consideram pai e ele as chama de filhas. Assim elas iniciaram a pressão para a locação, que finalmente após exaustivas negociações, se fez com o mesmo candidato a inquilino de todos esses anos ( tem um negócio ao lado para ser expandido). Aí começa o erro, punido em uma outra história que começava a desenrolar-se a partir do terceiro quarto da anterior. Durante a elaboração do contrato confesso que exausta, negligenciei a celeridade esperada e necessária para qualquer comerciante. Deixei por conta delas todo o processo embora as vezes falasse, " ei, voces não vão...( cumprir a etapa seguinte) ?" e respondiam do lanche marcado com amiga , ou qualquer coisa equivalente. Eu esquivando-me de qualquer palavra ríspida, das tpm(s), porque sou sequelada de "rispidez alheia", porque fiquei cansada de coisas que podem ser evitadas, desviando-me, deixei que a chave fosse entregue no 5º dia de negociação e finalmente o contrato, indispensável para uma série de procedimentos legais, inclusive ligar a luz se fizesse após mais 5 dias.

História 2, tudo a ver
"Pré-história":
Problema 1 . Aposentada há tres anos, necessito voltar a trabalhar porque o vermelho bancario foi ficando maior e estou falida. Não quero voltar a trabalhar na minha cidade porque...não quero, alem do salario profissional ser tres vezes menor aqui do que em quase todas as cidades do país e há muitas bem próximas. Há vários meses atras recebi uma proposta de trabalho, interessante, negligenciei outras, posterguei e ...fui traida, o emprego não veio (viu, o cara, sei que voce tambem lê aqui, vá se... catar!) e eu fali.
Soluçao : mudança de casa e de cidade para um local mais favorável para minha recuperação financeira, melhores salários com melhores condições de trabalho. Os filhos vem me socorrendo, mas isso me deixa no vermelho de vergonha.

Problema 2. Como muitos já sabem, ganhei de presente de natal uma mãe rejeitada merecidamente por todos os seus filhos. Não posso deixa-la sem condições mínimas de bem estar, afinal, me cedeu o útero até que eu nascesse, mesmo tendo afirmado reiteradamente o quanto lamentava não ter abortado, ou talvez principalmente por isso, porque teve uma filha indesejada, que se tornou eu. Já acolhi estranhos, por diversas vezes, porque então ela não? ( tenho medo do futuro, de caso seja verdade que o carma ou o purgatório existam, ou que vire um obsessor, algo assim , mais do que tenho medo dela e do que sua presença me faz recordar, de tudo que passamos, os irmão, por conta dela). Preciso de uma casa para esta nova realidade, a tempo indeterminado.
Solução : mudança de casa e aumento dos rendimentos. ( O presente não trouxe bônus, exceto por uma contribuição financeira discreta, de parte do irmão que me trouxe o presente no meio da noite de Natal, a título de remorsos, acho.)

Problema 3.]Tenho 10 cães.
Solução: Não pode ser qualquer casa, já que não acredito no direito de manter cães presos e são três matilhas que não se suportam mùtuamente. Ei ! Isto aqui ainda é problema.

Problema 4.As filhas que moram comigo: a caçula prestou vestibular, aguarda resultados, não se sabe se vai ou se fica no núcleo. A outra precisa iniciar o ano letivo, 3º periodo em uma Universidade particular que tem uma rede ampla, mas reduz o raio de escolha, já que ela está estagiando cuidando remuneradamente da 'Vó, coisa que me considero incapaz, nem desejo, para o meu bem estar mínimo, considerando que terei de abrir mão de muitas coisas da minha boavidamaisoumenos que vinha levando. ( Já parei de chorar por conta disso: vou tentar acreditar que terei recompensa após a morte, esquecer que a boa ação deve ser executada sem esperar o fruto da ação, etc).
Solução: dependente dos problemas acima.

O castigo
ACHEI A CASA. Tenho urgência, o ano letivo já começou. Cadastros aprovados, vistoria feita de acordo, precisa reparos mas atende a todas as outras condições e necessidades, inclusive valor do aluguel, menor do que pago aqui. Boas perspectivas de trabalho na região, contatos feitos confirmados, do jeito que quero, extras e substituições. Sem escravidão. Pagam 4 ou 5 vezes mais do que aqui. Inicio imediato, no Carnaval . Adoro trabalhar em eventos! Apenas 200km daqui. Marcada entrega das chaves e assinatura do contrato para hoje. Sincronizo detalhes da mudança para o periodo do Carnaval, tenho que instalar-me rápido, o ano letivo já começou, há uma semana...Envolvo pessoas, logística complexa para a mudança dos cães, aciono pintura, etc para a casa velha, pagar dois aluguéis o menor tempo possível, estou falida, né. Tudo certo. Certo? A imobiliária respeitável em diversas cidades do estado, com sua origem na minha cidade, comunica que por excesso de trabalho, só poderão preparar o contrato e entregar as chaves após o Carnaval. Expliquei, pedi, sugeri pagar hora extra ao funcionário responsável, chorei mesmo, de desespero, ao telefone. Ouvi um pedido de desculpas, e só mesmo depois do carnaval, que será quando o meu filho que está assumindo o contrato, já que tem rendimentos muito superiores ao meu e é de fato quem assumiu minha moradia desde as minhas dificuldades, estará embarcado por quinze dias em plataforma petrolífera. -"Ah! Sem problemas, esperamos ele voltar" ( a casa precisa de muitos reparos, não é fácil alugar, mas me serve).
O ano letivo já começou. Faço a matrícula dela aqui e fico mais seis meses , desistindo por hora da mudança, ( voltar aos problemas, atentamente, todos) , não dá para continuar nesta casa, com ela-a mãe, a mais. Ou sem a cuidadora, ou...

"Aqui se faz, aqui se paga", castigo, não mais a cavalo, mas usando a velocidade das telecomunicações.
Mas não é p'ra todos,é?

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Reinício em 11/02/2011